Brasileiro preso na Tailândia está sem contato com a família
Jordi Vilsinski Beffa, de 24 anos, foi detido com cocaína em Bangcoc; contato deve ser feito nos próximos 10 dias
Desde que foi preso em Bangcoc por tráfico de cocaína, na Tailândia, no último dia 14, Jordi Vilsinski Beffa, de 24 anos, está isolado e ainda não conseguiu conversar com a família no Brasil. Segundo o advogado do jovem, Petrônio Cardoso, isso acontece porque ele está em isolamento social, devido à pandemia da covid-19. O protocolo é de quarentena de 20 dias para os presos e, portanto, familiares não devem conseguir conversar com ele antes do fim da primeira semana de março.
Mesmo com as dificuldades de língua e fuso horário, a família conseguiu a confirmação da prisão temporária de Beffa, bem como os documentos necessários que deve encaminhar ao país asiático. "Estamos levantando toda documentação pessoal e certidões negativas para encaminhar à embaixada do Brasil na Tailândia. O fuso horário é algo que dificulta bastante. Dadas essas circunstâncias, conseguimos as respostas com dois dias de atraso, em média", explicou o advogado do caso no Brasil.
Cardoso trabalha com a hipótese de Beffa ser processado por "crime moderado", já que não tem antecedentes criminais. O brasileiro seria indiciado não como traficante, mas como mula, o que atenuaria as penalidades que ele poderia sofrer na Tailândia. Se for enquadrado como traficante internacional, há risco de pena de morte. Jordi e mais dois brasileiros (um homem e uma mulher) foram detidos no aeroporto com 15,5 quilos de cocaína nas bagagens.
"Caso consigamos enquadrá-lo na modalidade moderada, trabalhamos com a hipótese de pena de 5 a 10 anos de prisão. Nesse caso, trabalharemos para a extradição do Jordi e que ele termine de cumprir a pena no Brasil. Hoje, essa é a nossa esperança", disse Cardoso.
Natural de Apucarana (PR), Jordi Vilsinski Beffa é de família simples. O pai trabalha como porteiro e vigia em um centro comercial da cidade há 20 anos. A mãe é aposentada. O jovem morava com a família em um conjunto habitacional na periferia da cidade.
A família do jovem atendeu à reportagem, mas, ainda abalada pela situação, não quis dar entrevista. A notícia chegou a eles, inclusive, através de um amigo de Jordi, que conseguiu contato com ele antes de ser preso. A família achava que o jovem estava em Balneário Camboriú (SC) com amigos, passando as férias.