Campinas: com Saúde em greve, dengue atinge 22 mil pessoas
Campinas sofre com uma epidemia de casos de dengue em meio à greve dos técnicos da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), órgão da Secretaria Estadual de Saúde que interrompeu as ações de nebulizações do 'fumacê' nas áreas mais atingidas. O município paulista registra um total de 21.967 pessoas com a doença enquanto os servidores grevistas pedem 100% de aumento no prêmio de incentivo dado pelo governo. A paralisação é de 48 horas e começou na quinta-feira, mas os trabalhos só retomam na segunda, após o final de semana.
Os números da pior epidemia que atinge a cidade foram divulgados pelo secretário de Saúde Carmino de Souza. De acordo com ele, a tendência é que a situação se amenize nos próximos dias. "O ciclo da dengue é curto e a tendência no mês de maio é a redução, deve cair", analisou.
O secretário disse que a greve afeta as equipes de motoristas da Sucen e que a prefeitura deve utilizar funcionários próprios para a nebulização costal nas áreas já agendadas.
Casos graves
O secretário de Saúde também falou que 864 pessoas foram afetadas pela forma mais agressiva da doença e estão em estado grave. Dessas, oito estão internadas em hospitais da rede pública de saúde. Desde o começo do ano, houve seis mortes registradas, sendo que quatro delas estão sendo investigados e duas já foram confirmadas como sendo pela dengue.
A região mais afetada é a Noroeste, com 6.233 doentes. A Sudeste está com 5.172 e a Norte apresenta 4.375 casos, enquanto na Sul são 3.109 e o Leste soma 3.078 pessoas com dengue.