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Casal que reagiu a assalto e deu surra em bandidos havia comprado carro no dia anterior

O casal recebeu R$ 16 mil de um cantor sertanejo para comprar o veículo no dia anterior. Caso aconteceu em Uberlândia

27 mai 2024 - 13h16
(atualizado às 13h55)
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Casal reage a tentativa de assalto em MG e bate em criminosos:

O casal Luísa Alexandra e Fênix Oliveira reagiu a um assalto dando uma surra nos dois bandidos que os abordaram, na tentativa de levar o carro que havia sido comprado no dia anterior. Em entrevista ao Terra, Luísa conta que havia recebido R$ 16 mil de um cantor sertanejo para comprar o veículo.

A jovem trabalha como garçonete em um local que é frequentado por famosos e que tem apresentações musicais em Uberlândia (Minas Gerais). Como ela estava atendendo a mesa do cantor --que estava com a esposa e amigos--, ele a chamou para conversar e perguntou que tipo de transporte ela usava para ir trabalhar. Luísa respondeu que usava a moto do marido, avaliada em R$ 16 mil.

“Ele perguntou quanto custaria a minha moto dos sonhos, aí eu expliquei pra ele que uma de R$ 16 mil, igual a do meu marido, já estava ótima. Aí ele falou pra mim: ‘Então eu vou te mandar esses R$ 16 mil’. Eu falei que não precisava fazer aquilo, mas ele me mandou esse dinheiro e só pediu pra honrar a minha palavra, de que eu ia comprar a moto”. A jovem conta que conversou com o cantor, e que preferia comprar um carro com o dinheiro, e ele consentiu.

Tentativa de assalto

No dia seguinte, Luísa comprou o carro para ajudar sua família, e ela e o marido decidiram dar uma volta pelo bairro para testar o veículo novo. Enquanto Fênix estava sentado no banco do motorista, a mulher entrou novamente em casa para buscar um item que havia esquecido. Quando voltou, percebeu a movimentação de uma moto com os dois bandidos, que abordaram seu marido.

“Eles pediram para o meu marido sair do carro, porque eles queriam levar o carro e estavam armados, mas em momento algum eles sacaram a arma”, relembra. Neste momento, o casal começou a desconfiar se os homens estariam realmente armados.

Casal reage a tentativa de assalto em MG e bate em criminosos
Casal reage a tentativa de assalto em MG e bate em criminosos
Foto: Reprodução

“Eles levaram o meu marido até atrás do carro, começaram dar cabeçadas nele e a empurrar. Foi quando o meu marido agarrou a cintura do bandido, que disse que estava armado, pra ter certeza de que ele não estava. Ele viu que não tinha nada lá e a gente já começou a partir pra luta”, conta.

Imagens de câmeras de monitoramento flagraram o momento em que o casal começa a desferir socos e chutes contra os criminosos, que tentam fugir, mas são derrubados por eles algumas vezes. Depois, o casal parou de bater nos assaltantes e acionou a polícia. Nada foi levado deles.

Boletim de ocorrência

O casal foi surpreendido novamente ao tentar registrar um boletim de ocorrência sobre o caso, acionando a Polícia Militar. Ao tentar ligar, a PM avisou que não poderia enviar uma viatura naquele momento, e orientou que o casal fosse até um posto da polícia.

“Isso já era quase 4 horas da manhã. A gente foi, e a unidade da PM estava fechada. No dia seguinte, eu fui lá novamente para tentar registrar o boletim de ocorrência, e chegando lá mostrei o vídeo para o policial. Ele me disse que estava sem sistema, e que não teria como registrar. E que, mesmo que o sistema estivesse funcionando, eles não poderiam fazer nada, e também não iriam atrás”, diz Luísa.

Até hoje, o casal não conseguiu registrar um boletim de ocorrência sobre a tentativa de assalto. O Terra procurou a PM de Minas Gerais, mas não houve retorno até a publicação desta reportagem.

A Polícia Civil informou que não foi possível localizar, até o momento, o registro da ocorrência. "A PCMG orienta as vítimas a procurarem uma Delegacia de Polícia Civil mais próxima da residência para registrar o ocorrido. Dessa maneira, um procedimento será instaurado para a devida apuração", disse em nota.

Apesar de terem agredido os criminosos, Luísa diz que não recomenda que outras pessoas reajam a tentativas de assalto.

“Com certeza, se eles estivessem armados, a gente não teria reagido. A gente não indica para ninguém reagir a esse tipo de situação, que é muito perigoso. Só partimos para cima porque tivemos a certeza que, realmente, eles não estavam armados”, recomenda.

Fonte: Redação Terra
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