Caso da cabeça humana encontrada em Porto Alegre resulta em prisões em flagrante
Homem e Mulher são detidos em Operação da Polícia Civil, enquanto outros detalhes do crime continuam sendo investigados
Duas pessoas foram presas em flagrante por suposto envolvimento no caso da cabeça humana encontrada em plena tarde desta sexta-feira (21) na Vila Cruzeiro, no bairro Santa Tereza, zona sul de Porto Alegre. Um homem e uma mulher, que não tiveram as identidades reveladas, foram localizados antes do anoitecer no bairro Lomba do Pinheiro, na Zona Leste.
De acordo com o delegado Thiago Carrijo, da 6ª Delegacia de Homicídios da Capital, o homem detido conduzia o táxi utilizado para largar a cabeça na Avenida Moab Caldas, em frente ao Ecoponto do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), próximo à esquina com o Beco Coqueiros. Uma das hipóteses é que o taxista tenha sido cooptado para a ação. Já a mulher atuaria no tráfico de drogas, e a Polícia Civil ainda investiga de que forma ela participou do crime.
— Eu desloquei a equipe para uma outra frente porque, pelas informações de inteligência da Polícia Civil e, também, da Brigada Militar, nós tínhamos quase que convicção de onde esse carro retornaria — explicou o delegado em entrevista coletiva.
O restante do corpo ainda não foi localizado. Conforme Carrijo, a vítima foi sequestrada no domingo (16) e pode ter sido torturada desde então. A morte tem relação com disputas territoriais entre grupos criminosos. A cabeça seria de um homem integrante da facção que domina o tráfico de drogas na Vila Cruzeiro.
— Como a gente apreendeu o veículo e fez a prisão em flagrante em outro bairro de Porto Alegre, a gente tem quase que certeza de que ele pode ter sido morto ainda hoje. Embalaram a cabeça e, de repente, largaram ali para uma afronta entre as facções — acrescentou Carrijo.
O veículo utilizado no crime foi apreendido e passará por perícia. A Polícia Civil segue em busca de possíveis outros envolvidos no homicídio. Além disso, nesta noite, familiares da vítima foram chamados ao Departamento Médico Legal (DML) para fazer o reconhecimento da cabeça.