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Caso de transplantes com HIV: cinco pessoas já foram presas; veja o que dizem os suspeitos

Coordenadora técnica do Laboratório PCS Saleme, Adriana Vargas dos Anjos, foi presa no domingo, 20

21 out 2024 - 11h05
(atualizado às 11h43)
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Pacientes foram infectados com HIV em transplante de órgãos
Pacientes foram infectados com HIV em transplante de órgãos
Foto: fernandozhiminaicela/Pixabay

A coordenadora técnica do Laboratório PCS Saleme, Adriana Vargas dos Anjos, foi presa no último domingo, 20, no caso da investigação que apura a infecção por HIV de pacientes transplantados no Rio de Janeiro. Ela é suspeita de envolvimento na emissão de laudos falsos. Até o momento, cinco pessoas já foram presas. 

Segundo o delegado do caso, Wellington Pereira, à TV Globo, Adriana negou as acusações de fraudes. No entanto, ele afirmou que há muitos elementos para contradizer a versão dela. "Infelizmente, ela ratificou o depoimento anterior, mas encontramos três computadores, quatro telefones. Pode ser que lá a gente encontre outras informações importantes para a investigação", disse. 

De acordo com a emissora, quando Adriana foi questionada sobre a falha que levou à contaminação, ela respondeu que foi "humana". Sobre quem seria o responsável, ela só disse que "quem realizou o exame já está sendo punido".

A coordenadora foi acusada por Ivanilson Santos, que também foi preso. Segundo ele, a mulher dava ordens para economizar no controle de qualidade. Conforme Adriana, ela só supervisionava os técnicos, não sabia de mudanças nos protocolos de qualidade e nem deu ordem para que fossem semanal. 

Segundo a investigação, houve uma falha operacional no controle de qualidade usado nos testes, com o objetivo de diminuir custos. A análise de amostras deixou de ser realizada todos os dias, e passou a ser semanal.

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Quem são e o que dizem os outros presos?

De acordo com a Globo, ao ser preso, o biólogo aposentado Cleber de Oliveira Santos disse que não trabalhava mais na empresa na época dos exames errados. Segundo ele, quando era coordenador da PSC Saleme, sempre exigiu que fosse feito o controle de qualidade dos equipamentos diariamente.

Cleber disse que foi subtituído no dia 20 de janeiro com a chegada de Adriana. O primeiro exame com o falso negativo foi feito três dias depois.

Já Jaqueline Iris Bacellar de Assis afirmou que o dono da clínica, Walter Vieira -- que também foi preso -- deu ordem a todos os setores para economizar custos e que a calibragem dos aparelhos deveria ser feita apenas uma vez por semana.

Entenda o caso 

O laboratório Patologia Clínica Dr. Saleme (PCS Saleme) é investigado como responsável por infectar seis pacientes transplantados com o vírus HIV. 

A primeira fase da operação policial aconteceu na segunda-feira, 14. Duas pessoas foram presas e outras duas se entregaram nos dias seguintes. Na sexta-feira, 18, a Justiça manteve a prisão temporária dos quatro funcionários do Laboratório PCS Saleme. A polícia analisa os documentos apreendidos.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) diz que os investigados já emitiram dezenas de resultados com falso positivo e falso negativo para o vírus HIV, inclusive em exames de crianças. Eles respondem a inúmeras ações de indenização por danos morais e materiais. 

A conduta mostra que há indiferença com a vida dos clientes e da população, segundo o MP.

A Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) apura os falsos laudos emitidos pelo laboratório e instaurou um novo inquérito para investigar o processo de contratação da empresa.

No domingo, 20, aconteceu a segunda fase da Operação Verum, com cumprimento de 8 mandados de busca e apreensão e um de prisão. A ação tem o apoio do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE).

Fonte: Redação Terra
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