Caso do Brigadeirão: cigana cobrava até R$ 18 mil por 'amarração do amor', diz site
Suyany Breschak está presa desde 28 de maio
Apontada como mentora do assassinato do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, Suyany Breschak cobrava até R$ 18 mil por 'amarrações do amor', segundo o g1. Cigana Esmeralda, como é conhecida, foi presa no dia 28 de maio, em Cabo Frio, no Rio de Janeiro, por suspeita de envolvimento no crime do brigadeirão.
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Com cerca de 700 mil seguidores na internet, ela divulgava o trabalho nas redes sociais e informava serviços e valores por meio de uma mensagem automática no WhatsApp. O Terra tentou contato com o número, mas a mensagem não foi recebida pelo destinatário.
"Amarração amorosa: traz a pessoa te amando e respeitando tendo olhos e prazer somente contigo na cama rastejando implorando pelo seu perdão se tiver com outra pessoa. Larga da pessoa toma ódio e nojo dessa outra pessoa", diz um anúncio divulgado pela mulher.
O contato ainda confirmava ressarcimento caso o serviço não desse resultado: "Todos os trabalhos são garantidos ou seu dinheiro de volta".
Por fim, o número indicava ainda uma tabela de valores para cada "trabalho". A Cigana promete "resultados dentro de 21 dias".
- Enlace de 3 anos: R$ 2.200
- União de 5 anos: R$ 4.800
- Sete anos de amarração: R$ 5.200
- Amarração amorosa definitiva: R$ 18 mil
Suyany é amiga de Júlia Andrade Cathermol Pimenta, namorada e principal suspeita de ter assassinado Luiz Marcelo. A Polícia Civil do Rio de Janeiro disse que a cigana estaria com alguns bens da vítima
Segundo a cigana, Júlia tinha uma dívida de quase R$ 600 mil com ela. As duas teriam conversado após o crime, e Júlia confessou ter colocado o medicamento Dimorf no brigadeirão dado a Luiz Marcelo.
A cigana disse ainda que, após a morte do marido, Júlia levou o carro de Luiz para ela, como pagamento de parte da dívida. No carro, estavam vários objetos pessoais dele, como computador e armas legalizadas.
Relembre o caso do 'Brigadeirão'
A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a morte do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, que teria sido envenenado pela própria namorada, Júlia Andrade Cathermol Pimenta, que está foragida. O caso aconteceu no último dia 17, quando os dois foram vistos pela câmera de segurança do elevador do prédio onde ele morava, no Engenho de Dentro.
Segundo a investigação, nas imagens, o empresário aparece segurando um prato com um brigadeirão. A suspeita é que Júlia já tivesse envenenado o doce para matar o companheiro. Luiz Marcelo foi encontrado morto, em estado avançado de decomposição, após vizinhos sentirem um forte cheiro vindo do apartamento, e acionarem as autoridades.
O laudo da necrópsia não aponta a causa da morte, mas indica uma pequena quantidade de líquido achocolatado no sistema digestivo da vítima. Também foi identificado um analgésico forte na cena do crime. Foi apurado que Júlia, 9 dias antes das imagens do elevador, foi até uma farmácia e pediu o medicamento de uso controlado.
Desde o último dia 20, a polícia apura a causa da morte do empresário. Júlia, namorada de Luiz, teria cometido o crime para ficar com bens e dinheiro da vítima. As autoridades acreditam que ela passou todo o fim de semana no apartamento com o corpo do namorado.