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Caso do Porsche: polícia conclui inquérito e pede prisão de motorista pela 3ª vez

Colisão do veículo com a traseira de um Renault Sandero causou a morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos

25 abr 2024 - 12h29
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A Polícia Civil de São Paulo concluiu o inquérito que investiga o acidente envolvendo um Porsche na madrugada do último dia 31 e pediu pela terceira vez a prisão do condutor do carro de luxo, o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos.

Colisão do veículo com traseira de um Renault Sandero causou a morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos
Colisão do veículo com traseira de um Renault Sandero causou a morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos
Foto: Divulgação/Policia Civil / Estadão

A colisão do veículo com a traseira de um Renault Sandero causou a morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos.

O acidente aconteceu na Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé, na zona leste da capital paulista. Anteriormente, outros dois pedidos de prisão (um temporário e outro preventivo) foram negados pela Justiça. Procurada, a defesa de Andrade Filho não se manifestou até a última atualização desta reportagem.

A Secretaria da Segurança Pública informou, em nota, que o 30° Distrito Policial (Tatuapé) concluiu as investigações do caso e relatou o inquérito policial à Justiça nesta quarta-feira, 24, com novo pedido de prisão preventiva do autor. Agora, o Judiciário decidirá se decreta ou não a prisão do motorista.

O empresário estava sendo investigado pelos crimes de homicídio, lesão corporal - por conta dos ferimentos causados ao amigo que estava com ele no carro - e fuga do local do crime (não prestou socorro e não fez bafômetro).

Além da morte de Viana, o acidente resultou na internação de um amigo de Marcus Vinicius Rocha, de 22 ano, que passou por procedimento cirúrgico para retirar o baço.

Outro ponto é que o acidente foi registrado na madrugada do domingo de Páscoa, mas Andrade Filho se apresentou no 30º DP, zona leste da capital, quase 40 horas após a ocorrência em 1° de abril - mesmo dia em que Viana foi enterrado em Guarulhos, na Grande São Paulo.

Com a conclusão do inquérito, cabe ao Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) decidir se irá denunciar Andrade Filho pelos três crimes, além de concordar ou não com o novo pedido de prisão. Recentemente, o órgão informou que solicitou perícia scanner em 3D para elucidar o acidente em detalhes.

Como mostrou o Estadão, o Porsche 911 Carrera GTS conduzido pelo empresário Andrade Filho estava a 156 km/h pouco antes do acidente que matou o motorista de aplicativo Viana, segundo laudo da Polícia Técnico-Científica. A velocidade representa mais do que o triplo do que os 50 km/h permitidos para a Avenida Salim Farah Maluf, via onde a colisão ocorreu.

Segundo sindicância da Polícia Militar, os agentes que atenderam a ocorrência erraram ao não fazer o teste do bafômetro em Andrade Filho após o acidente. "Testemunhas dizem que ele apresentava voz pastosa, andar cambaleante", disse, no último dia 6, o delegado Carlos Henrique Ruiz, da 5ª Delegacia Seccional (Leste).

Um dos pontos que embasaram o último pedido de prisão, feito pela Polícia Civil na época da declaração do delegado, é que Andrade Filho aparentava estar "alterado" naquela madrugada, segundo testemunhas ouvidas na investigação. Ele tinha acabado de sair de uma festa "open bar" (com bebida liberada) quando se envolveu no acidente.

Colisão do veículo com traseira de um Renault Sandero causou a morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos
Colisão do veículo com traseira de um Renault Sandero causou a morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos
Foto: Divulgação/Policia Civil / Estadão
Estadão
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