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Caso Édson Davi: advogado deixa de representar família de menino desaparecido no Rio

Nas redes sociais, mãe da criança agradeceu ao advogado pelo tempo que ele atuou no caso e afirmou que sempre será grata ao profissional

6 fev 2024 - 16h28
(atualizado às 17h41)
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Família procura Édson Davi Silva Almeida, de 6 anos
Família procura Édson Davi Silva Almeida, de 6 anos
Foto: Divulgação/Polícia Civil

O advogado Marcelo Shad, que vinha representando a família de Édson Davi Silva de Almeida, menino de 6 anos que desapareceu na Praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, há mais de um mês, anunciou que não irá mais atuar no caso. O comunicado foi feito por meio de uma publicação nas redes sociais nesta segunda-feira, 5. Marize Araújo, mãe da criança, confirmou a informação e agradeceu ao advogado pela ajuda à família. 

Shad afirmou que sua decisão foi motivada por razões pessoais, sem entrar em detalhes.

"Motivos pessoais fizeram necessário que eu não seja mais o advogado da família do Davi. Aí eu tomei essa decisão por conta de vários motivos, vários acontecimentos, e isso me fez chegar, então, enfim, a essa conclusão de que seria melhor eu me afastar do caso", disse ele.

O advogado destacou que todas as suas ações foram pensadas estrategicamente, desde o início do caso.

"Penso que fiz o que deveria ser feito, trabalhei com todas as estratégias minimamente pensadas", afirmou.

Ele ressaltou a importância de ter divulgado o desaparecimento nas redes sociais, para receber o apoio da mídia e da população para impulsionar o empenho das autoridades na busca por respostas. Segundo ele, as autoridades policiais estão focadas em determinar o que pode ter acontecido com o menino na praia, com base no horário registrado no último vídeo em que ele foi avistado.

"A partir deste horário, a polícia monta uma estratégia no sentido de encontrá-lo saindo, seja dentro de algum objeto, enrolado num pano. Estão buscando imagens no entorno, incluindo o mar, para saber para onde ele pode ter ido, porque não encontram nenhuma imagem dele saindo daquele local", afirmou.

Especulações sobre a saída

Na postagem em que anunciou sua saída do caso, os seguidores comentaram que a escolha do advogado em não representar mais a família pode ter sido influenciada por uma transmissão ao vivo que Marize realizou com outro advogado no último sábado, 3. 

Na noite desta segunda-feira, o advogado criminalista fez uma nova postagem nas redes sociais em um vídeo que falou sobre ética profissional. Nele, Marcelo enfatiza os princípios éticos da advocacia e, nos comentários, embora ele não faça menção a nenhum caso específico, os seguidores recordam a sua saída do caso Édson Davi.

Nas redes sociais, Marize fez uma postagem agradecendo ao advogado pelo tempo que ele atuou no caso e afirmou que sempre será grata ao profissional.

"Quero agradecer ao doutor Marcelo por ter nos amparado nesse momento tão difícil, de tanta dor e desespero. Infelizmente, ele não vai continuar com a gente no caso, mas quero que saiba que terá sempre nosso respeito, gratidão e admiração. Que Deus te abençoe sempre!". 

Desaparecimento e investigações

Édson sumiu no dia 4 de janeiro, enquanto brincava próximo ao mar. A principal hipótese é de que ele tenha se afogado. No entanto, sua família não acredita nessa possibilidade e suspeita de um possível sequestro.

Quando a criança desapareceu, as bandeiras de sinalização indicavam perigo, alertando para um alto risco de afogamento no mar e os salva-vidas haviam alertado sobre as condições perigosas do mar devido à forte correnteza. 

Em entrevista para o jornal O Globo, Nelson Massini, médico legista, explicou que após um afogamento, uma pessoa pode ser encontrada flutuando em até uma semana. Em situações de mar agitado, a localização pode ser mais difícil, pois o corpo pode ser deslocado para regiões distantes de onde as buscas estão sendo realizadas, como para o alto mar, devido à força da água. 

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra supostamente o menino próximo ao mar, pouco antes de desaparecer na praia da Barra.

Nas imagens, é possível ver um menino caminhando sozinho em direção à água. Segundo informações da Polícia Civil, a gravação foi registrada por volta das 15h30, 1h30 antes do sumiço da criança.

Com o surgimento do vídeo, a suspeita principal é de que o menino tenha se afogado no mar. No entanto, a polícia continua ouvindo testemunhas e analisando as câmeras de segurança da região.

Fonte: Redação Terra
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