Caso Eloá: relembre a morte que chocou o País em 2008
Em outubro de 2008, a adolescente de 15 anos foi morta pelo ex-namorado, Lindemberg Alves; caso será relembrado no 'Linha Direta'
A nova versão do programa Linha Direta, da TV Globo, apresentado por Pedro Bial, estreia nesta quinta-feira, 4, com um episódio especial sobre o caso Eloá, crime que chocou o País em 2008. Na ocasião, Lindemberg Alves Fernandes, que na época tinha 22 anos, sequestrou e assassinou a ex-namorada, Eloá, de apenas 15 anos, em Santo André, na Grande São Paulo.
O caso teve grande repercussão na mídia e gerou debates sobre a cobertura jornalística, sensacionalismo e a atuação das autoridades policiais.
Caso Eloá Pimentel
O assassinato de Eloá, ocorrido em 2008, foi um dos casos policiais mais acompanhados da história do País. A jovem de 15 anos foi mantida em cárcere privado por quase 5 dias pelo seu ex-namorado, Lindemberg Alves, que também manteve como refém sua amiga, Nayara Rodrigues.
Após dias de negociações com Lindemberg, sem sucesso, a polícia decidiu invadir o apartamento onde as vítimas eram mantidas reféns. A invasão, ocorrida em 17 de outubro de 2008, resultou na morte de Eloá e deixou Nayara com ferimentos graves.
O que aconteceu com Eloá?
Em 13 de outubro de 2008, por volta das 13h, Lindemberg Alves invadiu o apartamento da ex-namorada Eloá Cristina Pimentel na região do ABC Paulista, após não se conformar com o fim do relacionamento entre os dois.
Durante o sequestro, que durou 5 dias, Lindemberg manteve a ex-namorada e outros 3 colegas em cárcere privado. Iago Vilera e Victor Campos foram liberados pelo sequestrador na mesma noite. Já Nayara Rodrigues da Silva, outra colega de Eloá, conseguiu deixar o cativeiro no dia 14, mas acabou voltando para auxiliar nas negociações.
Repercussão no País
O sequestro, que durou cerca de 100 horas, foi acompanhado pelo País inteiro e se prolongou até o início da noite de 17 de outubro, quando a polícia decidiu invadir o apartamento após inúmeras tentativas frustradas de negociações.
Durante a invasão policial ao apartamento, Lindemberg reagiu atirando contra as duas jovens. Eloá morreu com um tiro na cabeça e outro na virilha.
O que aconteceu com Nayara, amiga de Eloá?
Nayara Rodrigues da Silva, amiga de Eloá, foi atingida no rosto. Apesar do ferimento, ela foi socorrida e sobreviveu a tragédia.
Pena de Lindemberg
Em 16 de fevereiro de 2012, 4 anos após o crime, Lindemberg Alves foi condenado a 98 anos e 10 meses de prisão pelos 12 crimes pelos quais foi julgado, incluindo homicídio qualificado, cárcere privado, lesão corporal e tentativa de homicídio.
Cobertura na TV
O caso Eloá teve uma ampla cobertura jornalística por parte dos principais veículos de comunicação do País, com destaque para a TV Globo, que fez uma extensa cobertura do sequestro e das negociações.
Durante os 5 dias de cativeiro, as câmeras da emissora transmitiram ao vivo as movimentações policiais e as negociações com o sequestrador.
Sônia Abrão
O programa A Tarde é Sua, apresentado por Sônia Abrão na RedeTV!, também fez uma longa cobertura do caso Eloá. A apresentadora chegou a entrevistar ao vivo Lindemberg por 2 vezes na tentativa de solucionar o caso.
Na ocasião, a apresentadora conseguiu o número do apartamento de Eloá e ligou para entrevistar Lindemberg. A atitude da apresentadora foi criticada por muitos telespectadores e por alguns setores da imprensa, que consideraram o seu comportamento sensacionalista e potencialmente prejudicial às negociações em andamento.
Após a morte de Eloá, alguns telespectadores chegaram a acusar Sônia de ter sido responsável pela tragédia. Em entrevista, Sônia Abrão defendeu sua abordagem, afirmando que estava tentando ajudar a resolver a situação e evitar uma tragédia.
Invasão da polícia
De acordo com as informações divulgadas na época, a polícia teria ouvido um tiro dentro do apartamento de Eloá e, por isso, decidiu explodir a porta e invadir o local. No entanto, posteriormente, surgiram questionamentos sobre a versão oficial dos fatos.
Em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, Nayara afirmou que Lindemberg não havia atirado antes de a polícia invadir o apartamento. Segundo ela, o tiro que foi ouvido pode ter sido disparado pelos próprios policiais durante a invasão. Essa declaração gerou ainda mais polêmica em torno do caso e colocou em xeque a atuação da polícia naquele episódio trágico.