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Cemitério de carros roubados: quadrilhas usam terrenos para desmanche em SP

Somente na região de Cidade Tiradentes, na zona leste, são ao menos 15 pontos utilizados pelos criminosos

14 ago 2023 - 01h32
(atualizado às 07h25)
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Cemitério de carros
Cemitério de carros
Foto: Globo

Existem ao menos 15 pontos de desmanche de carros e caminhões roubados somente na região de Cidade Tiradentes, na zona leste de São Paulo. Reportagem exibida neste domingo, 13, pelo Fantástico, da TV Globo, mostrou a ação de quadrilhas especializadas que desmantelam carros para vender peças no mercado clandestino.

Enquanto as vítimas passavam horas sequestradas, as imagens flagraram criminosos desmontando os carros a céu aberto. Em menos de uma hora, eles depenam um veículo e se escondem na mata. Uma Kombi é utilizada para transportar as peças retiradas dos veículos.

Caminhões de pequeno e médio porte são alguns dos principais alvos. São retiradas peças como faróis, bancos, painel, escapamento, pneus e motor.

No topo de um morro, onde está localizado um reservatório da Sabesp, a reportagem do Fantástico encontrou vários destroços e carcaças de veículos, em uma espécie de cemitério de carros.

Em outro terreno, foram deixadas dezenas de placas de veículos roubados. Quando a empresa de rastreamento especializada em recuperar carros roubados chega ao local, os veículos já estão todos destruídos e muitas vezes até queimados.

Segundo o Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), divulgado no mês passado, o número de veículos furtados ou roubados aumentou 8% no ano passado e atingiu a média de 1.022 casos por dia nas cidades brasileiras. No total, 373.225 ocorrências envolvendo esses dois tipos de crimes foram registradas no País

Ao Fantástico, a delegada responsável pelas investigações em São Paulo, Leslie Caram Petrus, declarou que a meta é prender os chefes da organização criminosa. "De nada adianta a gente só prender aqueles que estão efetuando o desmonte, porque nós prendemos eles e daqui meia hora tem um novo carro, outros indivíduos fazendo o mesmo tipo de serviço", disse.

Também ao Fantástico, o professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) e associado do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Rafael Alcadipani, destacou que o aumento de roubos de veículos está ligado ao aquecimento do mercado de veículos usados.

"A gente teve uma depressão econômica, ou seja, a pessoa comprou um carro usado, que precisa de manutenção muitas vezes, e ela está com menos dinheiro. Qual que é a opção racional que a pessoa faz? Ela tenta comprar peça mais barata. Alimenta essa economia do roubo de carro", disse.

Em nota enviada à TV Globo, a Sabesp, responsável pelo reservatório onde ocorrem os desmontes, informou que está disposta a colaborar com eventuais investigações.

Estadão
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