Script = https://s1.trrsf.com/update-1734630909/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Cercado pela PM, MPL pede fim de inquérito de manifestantes

2 jul 2014 - 18h41
(atualizado às 20h47)
Compartilhar
Exibir comentários
Ato reuniu cerca de 300 pessoas na praça da Sé
Ato reuniu cerca de 300 pessoas na praça da Sé
Foto: Débora Melo / Terra

Policiais militares da Tropa do Braço, da Cavalaria e da Tropa de Choque acompanharam nesta quarta-feira um ato organizado pelo Movimento Passe Livre (MPL) para pedir o arquivamento de um inquérito do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) que investiga manifestantes e que ficou conhecido como "inquérito black bloc".

O ato, que reuniu cerca de 300 pessoas na praça da Sé, foi uma espécie de assembleia para criticar a repressão da polícia, as prisões em manifestações e as demissões de rodoviários e metroviários após a realização das greves em São Paulo. O protesto terminou por volta das 17h30, de forma pacífica.

Manifestantes criticar a repressão da polícia, as prisões em manifestações e as demissões de rodoviários e metroviários após a realização das greves em São Paulo
Manifestantes criticar a repressão da polícia, as prisões em manifestações e as demissões de rodoviários e metroviários após a realização das greves em São Paulo
Foto: Débora Melo / Terra

Segundo Lucas Monteiro de Oliveira, integrante do MPL, o movimento entrou hoje com um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) para trancar o inquérito 01/2013. "O objetivo desse inquérito é intimidar as pessoas e evitar que elas se mobilizem", disse. "A presença ostensiva da PM (aqui) também. A proporção é de um policial para cada manifestante", continuou.

O movimento trabalha com a possibilidade de que manifestantes intimados no inquérito sejam conduzidos de forma coercitiva a prestar depoimento, conforme afirmou o secretário da Segurança Pública do Estado, Fernando Grella.

As declarações de Grella foram dadas depois que um ato do MPL para comemorar o aniversário de um ano da reduação das tarifas do transporte público, no dia 19 de junho, terminou com a depredação de agências bancárias e de uma concessionária de carros de luxo por mascarados --o protesto em questão foi acompanhado de longe pela polícia, e ninguém foi preso naquele dia.

"Apesar das ameaças do secretário da Segurança Pública, ninguém foi conduzido coercitivamente. Mas vamos continuar fazendo nossa denúncia pública para dizer que temos o direito de não nos manifestar", afirmou Oliveira. Advogados do movimento afirmam que o inquérito é ilegal.

No início do ato de hoje, representantes do MPL ainda afirmaram que Grella havia sido convidado para o debate, mas não tinha comparecido --uma cadeira reservada para o secretário, com um cartaz onde estava escrito seu nome, ficou vazia. A Secretaria da Segurança Pública (SSP), no entanto, afirma que Grella não recebeu nenhum convite formal do MPL.

Prisões

Ontem, um ato para pedir a libertação de do estudante e funcionário da USP Fabio Hideki Harano, 26 anos, e do ex-PM e professor Rafael Marques Lusvarghi, 29 anos, detidos em ato contra a Copa no último dia 23, acabou com a prisão de outras seis pessoas, incluindo dois advogados do Coletivo Advogados Ativistas.

Houve confusão, e a PM usou bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta contra manifestantes e jornalistas.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade