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Chega a 11 o número de indiciamentos de cirurgião plástico por lesões em pacientes em Porto Alegre

Médico é acusado de lesões corporais graves, estelionato, crime contra o consumidor, concussão e associação criminosa

29 jan 2025 - 14h50
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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul concluiu mais seis inquéritos contra o cirurgião plástico Leandro Fuchs, elevando para 11 o total de indiciamentos. O médico, que atuava no Hospital Ernesto Dornelles, em Porto Alegre, é acusado de lesões corporais graves, estelionato, crime contra o consumidor, concussão e associação criminosa. Ele está afastado do hospital e impedido pela Justiça de realizar cirurgias.

Foto: Reprodução / Porto Alegre 24 horas

Além dos inquéritos já finalizados, Fuchs ainda é alvo de outras 76 investigações policiais e mais de 20 processos judiciais, que apuram supostas lesões sofridas por pacientes durante procedimentos cirúrgicos. O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers) informou que acompanha o caso e que há sindicâncias em andamento sob sigilo legal.

O Hospital Ernesto Dornelles, onde as cirurgias teriam sido realizadas, declarou que, em uma investigação interna concluída em janeiro de 2024, "não encontrou irregularidades" nas operações. No entanto, a instituição afirmou que já tomou as medidas cabíveis diante dos desdobramentos do caso e aguarda as decisões da Justiça.

Investigação aponta ausência do cirurgião durante cirurgias

De acordo com a Polícia Civil, Fuchs teria permitido que médicos residentes e recém-formados sem a devida qualificação realizassem os procedimentos em seus pacientes. Conforme o delegado Ajaribe Rocha Pinto, titular da 10ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre, o cirurgião se ausentava da sala de cirurgia para resolver questões pessoais, deixando as operações sob responsabilidade de profissionais inexperientes. Os pacientes, por sua vez, acreditavam que as cirurgias seriam conduzidas pelo próprio Fuchs.

A reportagem ouviu oito mulheres que passaram por procedimentos com o médico entre 2020 e 2023. Todas relataram experiências traumáticas, incluindo falta de acompanhamento adequado no pós-operatório, sangramentos, infecções, mutilações e deformações. Muitas afirmam que só descobriram posteriormente que suas cirurgias não haviam sido conduzidas pelo cirurgião plástico, mas por residentes.

Porto Alegre 24 horas
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