Chega a 4 o número de mortos após temporal no Rio de Janeiro
Subiu para quatro o número de mortos em consequência do temporal que atingiu o Rio na noite de sábado (12). Mais dois corpos de vítimas da chuva foram localizadas pelo Corpo de Bombeiros neste domingo (13) pela manhã. O temporal deixou o município do Rio em estado de crise, decretado por volta das 20h e permanecendo por quase 7 horas.
Os bombeiros localizaram o corpo de Carlos M. Silva, 58 anos, que estava desparecido desde a noite passada na favela da Rocinha, zona sul do Rio. Ele estava no meio da chuva e acabou sendo arrastado para dentro de um valão no alto da comunidade. O corpo foi encontrado na parte baixa da favela, na Estrada da Gávea.
Também foi resgatado pelos bombeiros, o corpo de Luiz Carlos de França Câncio, 57 anos, que estava desaparecido desde a noite passada, ao cair em um córrego que corta a Avenida dos Italianos, em Rocha Miranda, subúrbio da cidade. Luiz Carlos era militar reformado do Corpo de Bombeiros e foi arrastado para dentro do córrego ao tentar ajudar um amigo que estava no meio do temporal.
Na noite passada, os bombeiros do Grupamento de Buscas e Salvamento e do quartel da Gávea retiraram duas pessoas que morreram soterradas, devido ao desabamento de uma casa na Rua Aperana, na comunidade Chácara do Céu, na parte alta do Leblon, zona sul do Rio. Uma das vítimas foi identificada como Luciano da R.Modesto, 38 anos. O outro homem retirado dos escombros seguiu para o Instituto Médico Legal (IML) sem identificação.
Desabamentos
Os bombeiros foram acionados também para atender desabamentos de residências nos morros da Mangueira, do Turano e do Salgueiro. Em nenhum dos casos houve vítimas.
Os bombeiros socorreram ainda pessoas presas dentro de carros na Rua Jansen de Melo, em São Cristóvão, e na Rua São Francisco Xavier, na Tijuca, em consequência de inundação, além de socorrer pessoas ilhadas dentro de uma igreja no Largo do Boiadeiro, na favela da Rocinha.
Piscinão
Na região da Praça da Bandeira, o piscinão inaugurado em dezembro de 2014 , não conseguiu conter o volume de água que desceu das encostas do Maciço da Tijuca e alagou. O local ficou alagado e teve de ser interditado nos dois sentidos. O local é estratégico porque recebe grande parte do tráfego de veículos que se destina ao centro e à zona norte da cidade.
Dezenas de carros ficaram enguiçados no trecho e as equipes da Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb) trabalham desde a madrugada para a desobstrução do local. O comércio da região também foi afetado e as lojas comerciais, restaurantes e prédios da região foram invadidos pela água.
Limpeza
As equipes de limpeza da prefeitura tem mais de 500 homens com auxílio de pás mecânicas, retroescavadeiras e caminhões basculantes para desobstrução das vias. O trabalho se concentra principalmente nas zonas norte e sul do município, regiões mais atingidas pelo temporal da noite passada.
A Estrada Menezes Côrtes, que liga os bairros do Grajaú à Jacarepaguá pela serra, está funcionando em meia pista no momento, devido a um deslisamento de terra na pista, altura do quilômetro 6, pista em direção à Jacarepaguá.