Chuva de três horas e meia deixa Rio em estágio de atenção
A chuva de moderada à forte que atingiu o Rio de Janeiro às 13h05 deixou a cidade em estágio de atenção. A chuva já dura mais de três horas e meia, principalmente nas zonas oeste e norte do município.
O estágio de atenção é o segundo nível em uma escala de três e significa possibilidade de acúmulo de água em vias importantes ou bolsões em ruas e avenidas, causando reflexos relevantes no trânsito ou comprometimento do deslocamento da população. De acordo com o Centro de Operações Rio, a previsão para as próximas horas é de pancadas de chuva em pontos isolados devido a atuação de núcleos de chuva.
O Centro de Operações da Prefeitura do Rio informou que, por causa da chuva que atingiu a cidade nas últimas horas, foi acionado, de forma preventiva, o Sistema de Alerta e Alarme Comunitário da prefeitura em quatro comunidades da cidade.
As sirenes tocaram nos seguintes pontos: Chapéu Mangueira, Babilônia, Ladeira dos Tabajaras, na zona sul, e Sítio do Pai João, no Itanhangá, Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Os equipamentos foram disparados a partir das 14h50 e os moradores orientados por agentes comunitários e da Defesa Civil municipal a se dirigirem aos pontos de apoio.
Um dos protocolos de acionamento dos equipamentos consiste no registro a partir de 50 mm de chuva em uma hora, o que pode deixar a encosta vulnerável a deslizamentos. As sirenes ainda estão acionadas e os moradores devem permanecer em locais seguros e aguardar orientações dos técnicos da Defesa Civil para retornarem às suas casas em segurança.
Antes das sirenes, as lideranças comunitárias treinadas pela Defesa Civil já haviam informado aos moradores sobre a possibilidade de evacuação assim que receberam as mensagens nos celulares que a prefeitura do Rio disponibilizou e que compõem o sistema de alerta preventivo.
Em todas as 103 comunidades da cidade também já havia sido disparada a mensagem de voz preventiva que informa da possibilidade de chover forte.
Os equipamentos funcionam nos locais apontados por mapeamento elaborado pela Geo-Rio, que identificou todas as comunidades com pontos de alto risco de deslizamento na cidade e integram o sistema de alerta comunitário desenvolvido pela Defesa Civil, que tem o objetivo de reforçar a atuação em casos de urgências.
Todas as comunidades mapeadas contam com representantes treinados. As sirenes são acionadas caso a Defesa Civil e o Alerta Rio identifiquem que as chuvas atingiram níveis críticos, baseados nas informações coletadas no Centro de Operações Rio, que monitora a cidade 24 horas.
De acordo com o coordenador do Centro de Operações Rio, Pedro Junqueira, as pessoas devem deixar suas residências o mais rápido possível ao ouvir o acionamento das sirenes. “Todo mundo é treinado a se dirigir a um local seguro. Levar algum documento de identidade, remédio de uso contínuo, fechar os bicos de gás e procurar abrigo nos locais previamente determinados pela prefeitura nos simulados feitos com as comunidades”, acrescentou Junqueira.
O coordenador informou ainda que a Defesa Civil está de prontidão. Os níveis de chuva mais intensos estão localizados nos bairros do Jardim Botânico, Rocinha, Urca e Botafogo, na zona sul, e também no Morro dos Prazeres, em Santa Teresa, onde as sirenes de alerta devem ser acionadas a qualquer momento, “porque o solo está muito encharcado", disse o coordenador do Alerta Rio.
O Sistema de Alerta de Cheias do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) indica que o Rio Pavuna, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, está em alerta máximo, com risco de transbordar a qualquer momento.
Por causa da chuva, o aeroporto Santos Dumont, na região central da cidade, chegou a ficar fechado, mas já foi aberto e está operando com auxílio de instrumentos.
*Colaborou Cristina Indio do Brasil