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Chuva em SP alaga ruas, metrô e teto de shopping desaba; qual é a previsão para o fim de semana?

Alerta de risco severo da Defesa Civil foi disparado para os celulares dos paulistanos pela primeira vez; em uma tarde, precipitação na cidade foi de quase metade do esperado para todo o mês de janeiro

24 jan 2025 - 15h58
(atualizado em 25/1/2025 às 13h53)
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Na véspera do aniversário de São Paulo, a forte chuva que atingiu a cidade alagou ruas e estações de metrô na tarde dessa sexta-feira, 24. O temporal, acompanhado de rajadas de vento e granizo, durou cerca de duas horas e causou estragos, com desabamentos, estações de metrô alagadas e correntezas que arrastarem carros pelas ruas, principalmente nas regiões norte e oeste. Há previsão de novas pancadas de chuva neste fim de semana.

Pela primeira vez, o alerta de risco severo foi disparado pela Defesa Civil Estadual para todos os moradores. A Prefeitura disse na noite de sexta que colocou 345 veículos e 2,4 mil funcionários nas ruas para minimizar os impactos - a precipitação na cidade foi de quase metade do esperado para todo o mês de janeiro.

Na manhã deste sábado, 25, não havia mais pontos de alagamento e o número de imóveis sem luz, que chegou a 179 mil, era de 17,8 mil no início da tarde, de acordo com a Enel.

A Linha 1 do Metrô, porém, continua funcionando neste sábado apenas entre Jabaquara e Santana - as três estações finais (Jardim São Paulo-Ayrton Senna, Parada Inglesa e Tucuruvi) estão fechadas para manutenção após problemas causadas pelo alagamento. Na Estação Jardim São Paulo, gravações mostraram a correnteza invadindo a área de embarque.

Os registros de desabamento foram de parte do teto do Shopping Center Norte, de uma casa em Santana e do telhado de um prédio comercial na Vila Maria, todos na zona norte, mas não houve vítimas. Na TV, imagens de helicóptero mostraram o resgate de pessoas ilhadas.

Nos próximos dias, a previsão é de tempo abafado, com risco de temporais nos fins de tarde. No domingo, 26, a chegada de uma frente fria ao litoral paulista deve reforçar o risco de chuva. O calor só deve dar trégua a partir da segunda-feira, 27.

Para piorar a volta para casa na sexta, na Linha 12-Safira da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) a circulação de trens continuava interrompida entre as estações Engenheiro Goulart e São Miguel Paulista. A Linha 8-Diamante, operada pela ViaMobilidade, interrompeu a circulação entre as estações Julio Prestes e Lapa.

Na zona oeste, um canteiro de obras da Linha 6-Laranja do Metrô, na futura Estação Sesc-Pompeia, também foi invadido pela força das águas.

Avenida Marquês de São Vicente foi tomada pelas águas por causa do temporal
Avenida Marquês de São Vicente foi tomada pelas águas por causa do temporal
Foto: Alex Silva/Estadao / Estadão

Trinta e um semáforos tiveram problemas e 60 árvores caíram. Segundo a Defesa Civil, o maior índice de chuva foi registrado no Mirante de Santana, na zona norte: 122 milímetros em aproximadamente duas horas, das 15h30 às 17h30. Durante a tempestade, caíram 13.190 raios na capital.

O vice-prefeito da capital, coronel Mello Araújo (PL), disse em entrevista à TV CNN que nenhum evento em comemoração ao aniversário de São Paulo, neste sábado, foi cancelado ou alterado em função da chuva desta sexta-feira.

As obras na estação Sesc-Pompeia do metrô também foram invadidas pela água da chuva, mas a Concessionária Linha Uni, responsável pela construção, afirmou que não haverá problemas na continuidade das obras. Em nota, a empresa informou que, por conta do histórico de alagamentos no bairro, "a futura estação foi planejada para ser construída com maior altura, bem como seus acessos, havendo uma compatibilização dos níveis por meio de escadas, muros, rampas, entre outros".

Calor intenso e mais chuva

Nos próximos dias, a previsão é de temporais entre o final das tardes e o início da noite, ainda com sensação de tempo abafado. A chegada de uma frente fria ao litoral de São Paulo no domingo, 26, deve reforçar os temporais, principalmente a partir da tarde. As simulações atmosféricas mais recentes indicam que o forte calor, com temperaturas bem acima da média, deve diminuir a partir da segunda-feira, 27.

No sábado, 25, dia do aniversário da cidade de São Paulo, que completa 471 anos, o ar quente e úmido mantém a sensação de tempo abafado no decorrer do dia, com sol entre nuvens. Os termômetros das estações meteorológicas automáticas do CGE devem registrar temperatura mínima de 21°C e a máxima por volta dos 32°C.

A umidade do ar segue elevada com valores mínimos acima dos 54%. Entre o meio e o fim da tarde retornam as pancadas de chuva típicas de verão, com potencial para rajadas de vento e eventual queda de granizo, o que eleva a condição para a formação de alagamentos, queda de árvores e elevação das cotas dos rios e córregos da RMSP e a Capital.

O domingo, 26, será marcado também por chuva moderada a forte a partir do período da manhã, que deve receber o reforço da chegada de uma frente fria ao litoral paulista. Essa condição proporciona a ocorrência de chuvas com maior volume e de forma generalizada ao longo do dia. Esse cenário aponta para a formação de alagamentos intransitáveis, queda de árvores e transbordamento de rios e córregos. As temperaturas variam entre a mínima de 21°C e a máxima por volta dos 28°C, com percentuais mínimos de umidade do ar em torno dos 60%.

Estadão
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