Script = https://s1.trrsf.com/update-1731945833/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Chuvas em SP: Sobreviventes buscam informações de famílias desaparecidas em São Sebastião

Temporal soterrou mais de 50 casas na Barra do Sahy durante madrugada de domingo

20 fev 2023 - 14h57
(atualizado às 15h39)
Compartilhar
Exibir comentários

A dona de casa Jucélia Maria Ribeiro dos Santos, que morava há 16 anos na Barra do Sahy, em São Sebastião, litoral norte de São Paulo, onde uma encosta deslizou e atingiu cerca de 50 casas, matando mais de 20 pessoas, contou ter perdido cinco casas, levadas pela avalanche que desceu da serra. Ela conseguiu escapar e salvar seu cachorro. Seu marido ficou sob os escombros, mas foi resgatado com ferimentos graves. Ele está internado no Hospital Regional de Caraguatatuba.

Abrigada no Instituto Verdescola, nesta segunda-feira, 20, ela buscava notícias dos seus hóspedes. "Eu tinha quatro casas de aluguel na vila e eu alugava para quem vinha passear. Agora no feriado do Carnaval, tinha 30 pessoas nessas casas e eu acho que, delas todas, só restou umas oito ou dez pessoas que eu consegui ver. Eu me salvei porque quando ouvi o estrondo eu saí correndo junto com o cachorro. Meu marido ficou e quebrou as duas pernas e a bacia." 

'Tinha gente ferida, corpo chegando', diz morador que ajudou vítimas em Barra do Sahy

Nascido e criado na Barra do Sahy, em São Sebastião, o morador Graciano dos Santos Filho, de 44 anos, ajudou a socorrer as vítimas do deslizamento que soterrou mais de 50 casas na Vila Sahy, na madrugada de domingo, 19.

Chuvas intensas causaram estragos sem São Sebastião, no Litoral Norte de São Paulo, entre a tarde de sábado e a madrugada deste domingo. No bairro Itatinga, ruas e carros ficaram sob a lama
Chuvas intensas causaram estragos sem São Sebastião, no Litoral Norte de São Paulo, entre a tarde de sábado e a madrugada deste domingo. No bairro Itatinga, ruas e carros ficaram sob a lama
Foto: Prefeitura de São Sebastião/Divulgação / Estadão

Outra moradora que se identificou apenas como Graziele ficou ferida quando sua casa foi atingida pelo deslizamento e passou por atendimento no Verdescola. "O que aconteceu é surreal. Graças a Deus estou viva, mas me machuquei muito. Tenho machucados nos braços, no rosto, na mão. Perdi tudo e minha família também perdeu todas as coisas."

Graziele contou que, quando sua casa começou a desmoronar, ela usou seu corpo para proteger o filho, de 4 anos. Ela acabou sendo atingida por pedaços de madeira e telhas, mas o filho ficou a salvo. "Foi instinto de mãe de verdade, pois se não fosse isso, meu filho não estaria aqui hoje, comigo", disse.

Ela relatou que os desabrigados estão precisando de ajuda. "Estamos dependendo de ajuda para comer, beber água, vestir, dormir. Sei que muitas pessoas estão doando, mas está difícil de chegar até aqui, pois a estrada está bloqueada", disse.

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade