Com 19 mil confirmados, outra corrida pelada fracassa no RS
Com mais de 19 mil confirmados no Facebook, um evento que propunha uma corrida pelada em Porto Alegre, neste domingo, reuniu aproximadamente 10 pessoas, sendo que nenhuma delas se despiu, como propunha o evento.
O evento "Correr Pelada/o em Porto Alegre", marcado para as 10h de hoje, foi criado por uma publicitária gaúcha que vive em Santa Catarina, mas isso não impediu que milhares de pessoas confirmassem presença. No entanto, a maioria das pessoas que foram até o Parque da Redenção ficaram na sombras com as câmeras e celulares em punho à espera de algum corajoso ou corajosa resolvesse ficar nu, em meio as famílias que costumeiramente frequentam o local nos domingos.
A primeira a chegar e se identificar como participante do evento foi a psicóloga Eliane Lima, que com um cartaz solitário dizia que obsceno era o pagamento de auxílio-moradia de R$ 4,3 mil para juízes e procuradores.
“Nós somos o único animal que se veste, essa é uma característica extremamente humana e isso é tão antigo, que a gente perde essa referência de que isso é um arbitrário cultural e que acabou tendo conotação específica de certas partes do corpo ligadas a sexualidade”, disse, vestida.
Com a pouca adesão, em determinado momento, os participantes, ainda de roupa, colocaram os bolsos do lado avesso, em uma analogia do termo "pelado" com a falta de dinheiro. Outros reclamavam daqueles que tinham confirmado presença, mas que não tiveram coragem nem de aparecer.
Durante a semana, foram levantadas hipóteses de que o evento de hoje seria mais uma reunião fictícia criada depois que casos de nudez pública começaram a aparecer pelas ruas da capital gaúcha.
No domingo passado, foi realizado o primeiro evento de nudez pública na cidade, que teve também pouca adesão real. Apenas uma pessoa ficou nua, Aldo Lammel. Entretanto, ele disse que foi motivado por uma causa pessoal, seu projeto sócio-cultural, de viajar o mundo de bicicleta contando as histórias de pessoas que praticam o bem.
Já em relação aos dois primeiros casos de mulheres andando nuas pelas ruas da cidade, ficou comprovado de que se tratavam de pessoas com histórico de problemas de saúde mental, sendo que em ambos os casos elas foram encaminhadas para atendimento médico.
No terceiro caso, de uma loira não identificada correndo pelas ruas do Centro, levanta-se a hipótese de que tenha sido uma foto produzida ou até que fizesse parte de alguma campanha publicitária em busca de viralização.