A grande quantidade de lixo presente nas ruas por conta da paralisação dos garis e a expectativa de que ainda mais lixo seja gerado pelo foliões que devem participar dos 42 blocos programados para desfilar no Rio de Janeiro no fim de semana levou a prefeitura a pedir que os responsáveis pelos blocos ajudem na limpeza das ruas.
Em entrevista no auditório da prefeitura o secretário especial de Turismo, Antonio Pedro Figueira de Mello, disse que ao menos três desfiles - Mulheres de Chico, Bafafá e Monobloco — terão funcionários terceirizados contratados pela Ambev, patrocinadora do Carnaval de rua, para auxiliar na limpeza e que conta com a "criatividade" dos representantes dos blocos e a boa vontade da população para diminuir a quantidade de resíduos deixados no chão depois dos desfiles.
A empresária Maria Clara Ferreira, responsável pelo Monobloco, que deve levar cerca de 500 mil pessoas à avenida Rio Branco neste domingo, disse que o secretário sugeriu que os participantes do bloco limpem a avenida depois do desfile. "Ainda estamos estudando como isso será feito. A prefeitura se dispôs a disponibilizar vassouras e sacos para que a equipe do bloco limpe a rua", afirmou.
Mello não soube precisar, no entanto, quantas pessoas participarão da operação especial realizada pela Ambev e colocou parte da responsabilidade pelo lixo nas ruas na população que participa dos blocos.
Parte do garis está em greve desde o sábado de Carnaval. Na manhã desta sexta-feira, diversas vias do Rio ainda amanheceram com grandes quantidades de lixo acumuladas e caminhões da Comlurb trabalharam sob escolta do Batalhão de Choque. Ausente na reunião com os blocos, o presidente da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), Vinícius Roriz, afirmou no começo da noite desta quinta-feira que as ruas estarão limpas em dois dias.
O bloco Tá na Rua desfilou nesta quarta-feira (5), em meio ao excesso de lixo na Lapa
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Tradicional, o bloco é organizado pela companhia de teatro Tá na Rua, sediada no bairro da Lapa
Foto: Daniel Ramalho / Terra
A grande quantidade de lixo espalhado pelo centro do Rio de Janeiro é consequência de uma greve entre os garis
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Para o diretor teatral Amir Haddad, a sujeira e o mau cheiro serviram como elementos cênicos para o cortejo: "viemos do lixo, para o lixo voltaremos”
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Integrante do Tá na Rua desfila de rosto pintado e fantasia de chita
Foto: Daniel Ramalho / Terra
A passagem do bloco pelas ruas do centro aconteceu durante a apuração dos desfiles das escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro
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Lixo espalhado pelas calçadas não atrapalhou o desfile do bloco Tá na Rua
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Greve de garis gerou acúmulo de lixo nas ruas do centro do Rio de Janeiro
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Foliões desfilam em meio ao lixo no bairro da Lapa
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Fantasia de foliã simula a vestimenta utilizada por passistas na avenida
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Lixo empilhado vira cenário para o bloco da companhia de teatro
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Folião com acessório nos pés se equilibra com tranquilidade em meio ao lixo
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Arcos da Lapa e lixo acumulado viram cenário para o Tá na Rua
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Foliã fantasiada de Iemanjá desfila ao lado de diabinha na Lapa
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Integrande do bloco Tá na Rua circula pela Lapa durante cortejo
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Lixo contrasta com os arcos da Lapa durante o desfile do Tá na Rua
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Pedaço de fantasia fica para trás e se mistura ao lixo na passagem do bloco
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Grande quantidade de lixo espalhado pelo centro do Rio é consequência de uma greve entre os garis