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Com spray de pimenta, PM retira professores da Câmara do Rio

Professores ocupavam o prédio desde a última quinta-feira no Rio de Janeiro

28 set 2013 - 22h48
(atualizado em 29/9/2013 às 11h08)
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Vídeo mostra 'cena de guerra' durante retirada de professores da Câmara no RJ:

O Batalhão de Choque desalojou na noite deste sábado os cerca de 180 professores que ocupavam o plenário da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, desde a ultima quinta-feira. Um professor foi detido no confronto fora da Câmara. Os policiais entraram no prédio a pedido do presidente da casa, vereador Jorge Felippe. Alguns professores tentaram resistir à entrada de policiais no plenário, mas a polícia se dividiu em dois blocos e conseguiu retirar os professores grevistas. Alguns deixaram a casa chorando.

Na parte de fora, os professores receberam o apoio de manifestantes que ocupam a escadaria da Câmara há quase dois meses. Alguns gritavam palavras de ordem e a policia voltou a utilizar gás lacrimogêneo para dispensar a manifestação contrária à retirada. Um sinalizador chegou a ser jogado contra a tropa de choque.

O sindicato Estadual de professores, o Sepe, divulgou nota dizendo que os professores presos são Gustavo Kelly e Ercio Novaes. Eles foram levados para prestar declaração na 5a Delegacia de Polícia, no Centro. De acordo com o Sepe, os policiais atuaram com violência contra mulheres. "Do lado de fora da Câmara, a PM agiu com violência para reprimir os profissionais que apoiavam os professores efuncionários da ocupação. Bombas de efeito moral, bombas de gás, gás de pimenta e cassetetes foram usados contra osprofissionais, a maioria formada por mulheres", diz a nota do sindicato, que fica na rua ao lado da Câmara e bem próxima ao Quartel General da Polícia Militar, de onde o Choque saiu para acabar com a ocupação.

A prefeitura voltou a negar que vá negociar o plano de cargos e salários enviado à Câmara e já rejeitado pelos professores. Alguns vereadores de oposição acompanharam a retirada dos professores do prédio e tentaram negociar para impedir a violência por parte da polícia. Mais cedo o Sepe tinha advertido que o prédio poderia ser desocupado a qualquer momento, mas chegou a descartar a hipótese ao longo do sábado. 

Fonte: Terra
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