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Conheça a ONG que acolhe refugiados de todo o mundo

10 jul 2014 - 08h01
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Desde outubro de 2010, o Adus – Instituto de Reintegração do Refugiado, criado pelo professor de sociologia Marcelo Haydu, em parceria com os amigos Victor Mellão e Andrea Piccini, realiza um trabalho importante e silencioso: a reintegração social, econômica e cultural de refugiados.

A ONG funciona através de trabalho voluntário e oferece aulas de português e parcerias com empresas visando à inserção no mercado de trabalho, atividades culturais, cursos de qualificação e a conscientização da população para a situação dos refugiados. A ideia é que eles tenham uma base para conseguir se adaptar a uma nova realidade de vida. Em quatro anos de atuação, o Adus atendeu cerca de 700 pessoas, de 80 países, dentro de seus diferentes programas de assistência, empregou 250 pessoas e formou 200 alunos em português, com certificado fornecido pela escola de idiomas Wizard.

A história de vida de Haydu e seu crescente interesse na questão dos refugiados no Brasil serviram como motivação para a criação do Adus: neto do sérvio Stejyphan Haydu, nascido na Iugoslávia, o rapaz cresceu ouvindo as histórias contadas pelo seu pai sobre a fuga de seu avô, que veio ao Brasil no porão de um navio, na tentativa de fugir dos conflitos criados pela Segunda Guerra Mundial, na década de 1940.

O que antes era apenas uma curiosidade de garoto virou um de seus maiores interesses na vida adulta. Hoje Haydu mantém o Adus, onde exerce um trabalho voluntário, e dá aulas de Sociologia para alunos do ensino médio na Fundação Casa (ex-Febem).

O professor Haydu considera o Instituto uma parte quase intrínseca de sua história. “Embora haja muitas dificuldades, a importância que a ONG tem pra mim é grande e só me faz bem. Muitos dos refugiados que passaram por aqui e entendem o trabalho que desempenhamos têm um sentimento de gratidão. Tornei-me amigo de muitos deles, saímos jutos e batemos papo por horas”, conta.

A maior dificuldade da organização está em angariar fundos para melhorar o desempenho do Instituto como um todo. 

Participação ativa na vida dos refugiados

Das mais de 6 mil pessoas em condição de refugiadas no Brasil, a maioria é de homens (65%), muitas vezes sozinhos, vindos predominantemente da Angola, República Democrática do Congo, Síria e Colômbia, que tentam se estabelecer em território brasileiro para depois tentar buscar suas famílias no país de origem. Recentemente, o Adus recebeu haitianos vindos do Acre, que tentam fugir da instabilidade econômica que acomete seu país natal.

Fonte: Dialoog Comunicação
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