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Contra a Copa e por moradia, protestos tomam conta de SP

Maioria dos atos é contra os gastos na Copa do Mundo e por melhorias nos programas de moradia popular

15 mai 2014 - 07h27
(atualizado às 11h49)
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Moradores da ocupação de Itaquera marcharam na manhã desta quinta
Moradores da ocupação de Itaquera marcharam na manhã desta quinta
Foto: Alan Morici / Terra

Uma série de protestos na capital paulista prometida pelo O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) nesta quinta-feira teve início por volta das 6h30 na rodovia Anhanguera, na região de Osasco. Moradores de uma ocupação na Grande São Paulo usaram pneus em chamas para bloquear a pista sentido São Paulo da via, na altura do quilômetro 19.

Viaturas do Corpo de Bombeiros foram acionadas para apagar o fogo. Às 8h, segundo a concessionária, a pista foi liberada completamente. Os manifestantes seguiram em marcha, acompanhados pela Polícia Militar.

Em outro ponto, na zona sul de São Paulo, manifestantes interditaram a avenida Interlagos. Segundo a Polícia Militar, cerca de 100 pessoas interditavam a via na altura da marginal Pinheiros. O protesto seria de metalúrgicos, segundo a corporação. Às 8h28, a via foi liberada, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

Manifestantes ateiam fogo em barricada na marginal Pinheiros:

Na zona leste, às 8h, cerca de 2 mil ocupantes de um terreno na região da Arena Corinthians iniciaram mais um protesto por moradia. O local foi invadido por milhares de pessoas e batizado de ocupação “Copa do Povo”. O grupo caminhou em direção ao estádio em Itaquera, que receberá o primeiro jogo oficial no próximo domingo.

Por volta das 9h20, os manifestantes interditaram a avenida Jacú Pêssego, no sentido Ayrton Senna, na altura da avenida Adriano Bertozzi. Avisada sobre a presença de manifestantes no estádio, a torcida uniformizada Gaviões da Fiel informou, via Twitter, que enviaria representantes para o local.

João Dias e marginal Pinheiros

Às 8h30, outro grupo bloqueou a avenida João Dias, na região do terminal de ônibus. O grupo seguia no sentido centro, de forma pacífica. Às 9h11, o grupo chegou à marginal Pinheiros.

Manifestantes utilizaram caixotes de madeira para formar uma barricada, que foi incendiada logo em seguida. De acordo com a PM, a manifestação seguia sem nenhuma ocorrência. Mais tarde, às 10h30, os manifestantes interditaram os dois sentidos da avenida Giovanni Gronchi, na altura da avenida Carlos Caldeira Filho.

Uma das lideranças no MTST, Jussara Bastos, participou do protesto na avenida João Dias e ressaltou que o movimento não é contra a Copa do Mundo e sim contra a má administração do dinheiro público. "Não somos contra a Copa, mas somos contra o fato de ela ser voltada apenas para a elite uma vez que tem dinheiro para aeroportos e rede hoteleira, enquanto a maior parte das cidades sofre com as enchentes e o afunilamento do trânsito. Queremos também uma lei nacional contra os despejos", disse.

Por volta das 11h, os manifestantes se dispersaram, liberando todas as vias na região.

Lapa e marginal Tietê

Às 9h, outra manifestação interditou o Complexo Viário Olavo Setúbal, na Lapa. Segundo a CET, o grupo seguia no sentido bairro da avenida. No horário, a cidade registrava 86 quilômetros de lentidão, índice considerado abaixo da média para o dia e para o horário.

Às 9h20, manifestantes fecharam a pista central sentido Ayrton Senna, na altura da ponte Governador Orestes Quércia, no Bom Retiro. Por volta das 10h20, o grupo interditou a pista expressa marginal Tietê, na altura da rua João Tito, sentido rodovia Ayrton Senna.

Na região central, outro grupo bloqueou a avenida Santos Dumont, no sentido aeroporto, na altura da avenida do Estado por volta das 10h.  Na avenida Ipiranga, outro protesto bloqueou a via na altura da avenida São João.

Na região do Ipiranga, uma manifestação bloqueou a avenida das Juntas Provisórias, na altura da rua do Grito, por volta das 10h30. 

Avenida Paulista

Às 11h20, manifestantes interditaram a avenida Paulista, no sentido Consolação. Segundo a PM, o ato seguia pacificamente no local. De acordo com a CET, o ato ocorre na altura da rua Itapeva.

Protestos organizados

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) programou para esta quinta uma série de protestos em toda a capital. Segundo o movimento, os atos são continuidade da campanha “Copa Sem Povo, Tô na Rua de Novo”, iniciada no dia 8 de maio, também com uma série de protestos, que ocuparam as sedes das principais empreiteiras do Brasil em São Paulo, como Odebrecht, OAS e Andrada Gutierrez.

Segundo o MTST, todas as ocupações do movimento estarão mobilizadas – incluindo as ocupações Copa do Povo (zona sul) e Nova Palestina (e zona leste). A proposta do movimento é “chamar a atenção para as reivindicações levantadas pela campanha, em especial às pautas de moradia e reforma urbana”.

O MTST pede um controle público do reajuste dos aluguéis urbanos e um índice inflacionário com teto em reajustes para combater a especulação imobiliária que atinge diversos bairros da capital. Outra reivindicação é uma política federal contra os despejos forçados, além da mudança no programa Minha Casa Minha Vida, com maior estímulo para a boa localização dos imóveis e qualidade nas obras.

Em outros estados também ocorrerão mobilizações, segundo o movimento. Há atos programados para Brasília, Palmas e Rio de Janeiro, podendo ocorrer em outros quatro Estados.

Fonte: Terra
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