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Corpo de brasileira é encontrado dentro de mala em Portugal

Crime aconteceu na quarta-feira passada na Vila Arruda dos Vinhos, no distrito de Lisboa; companheiro foi preso sob suspeita de ter cometido o assassinato

8 out 2019 - 17h41
(atualizado às 17h51)
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Uma brasileira de 30 anos foi encontrada morta na última quarta-feira, 2, na Vila Arruda dos Vinhos, no distrito de Lisboa, em Portugal. O corpo de Camila da Silva estava dentro de uma mala envolta por fita adesiva e foi localizado por um morador que passeava com seu cão pelo local. Segundo a imprensa portuguesa, a Guarda Nacional Republicana confirmou a ocorrência.

No dia seguinte, na quinta-feira, 3, a Polícia Judiciária anunciou a prisão do companheiro da vítima, de 38 anos, suspeito de tê-la matado à facada, com um golpe letal, na casa onde moravam, e abandonado o corpo dentro da mala. Ele foi encontrado dentro de uma área de mata. O suspeito aguarda julgamento.

O crime ocorreu na quarta-feira passada na Vila Arruda dos Vinhos, no Distrito de Lisboa
O crime ocorreu na quarta-feira passada na Vila Arruda dos Vinhos, no Distrito de Lisboa
Foto: Facebook/ Werleis Silva / Estadão Conteúdo

No Brasil, familiares lamentaram a morte de Camila e pediram apoio financeiro para realizar o translado para o País, que custa R$ 30 mil.

Werleis Silva, irmão de Camila, informou em um post nas redes sociais que amigos e familiares estão de luto e contam com apoio para viabilizar o translado.

O presidente da Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos, André Santos Rijo, também lamentou a morte da jovem e classificou o crime como hediondo.

"Acontecimento de um crime hediondo (homicídio) que apanhou todos de surpresa e que chocou toda uma comunidade. Um casal jovem de cidadãos brasileiros recém-chegados, que morava em Arruda há cerca de 15 dias, na Urbanização de S. Lázaro. Ela, trabalhadora da restauração, ele, trabalhador da construção civil, e os vizinhos ainda não tinham notado sinal de violência ou agressividade entre ambos", destacou o post.

Procurado, o Itamaraty não se pronunciou sobre o crime. Apenas informou que quando um cidadão brasileiro falece no exterior e sua família opta por trazer seus restos mortais ao Brasil, as embaixadas e os consulados brasileiros sempre procuram apoiar os familiares com orientações gerais, com a expedição de documentos e também no contato com autoridades locais para tentar agilizar e facilitar os trâmites.

"Informamos que não há previsão legal que permita o pagamento de despesas hospitalares ou traslado dos corpos pelo governo federal", afirmou a nota.

Camila era de Ipatinga, interior de Minas Gerais. Ela deixou uma filha de 10 anos.

Estadão
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