Cracolândia ficará sem 'bolsa anticrack', diz governo de SP
A "bolsa anticrack" de R$ 1.350 mensais, destinada pelo governo paulista a famílias interessadas em internar parentes viciados, excluiu em sua primeira fase dependentes da região da Cracolândia, no centro da capital. O governo afirmou que os usuários da região símbolo da degradação causada pelo crack já recebem atendimento em uma rede especializada. O programa Cartão Recomeço vai começar por 11 cidades - Diadema, Sorocaba, Campinas, Bauru, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Presidente Prudente, São José dos Campos, Osasco, Santos e Mogi das Cruzes. De acordo com as diretrizes do plano, caberá à rede de saúde de cada município fazer a triagem e escolher os pacientes que se encaixam nos critérios para receber tratamento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
O programa vai entregar um cartão para famílias de dependentes, para que elas busquem atendimento em clínicas terapêuticas particulares. As entidades serão cadastradas pelo Estado. Ao receber o cartão, a família poderá fazer a internação do paciente e o Estado vai repassar os recursos para a clínica. As políticas desenvolvidas na cracolândia, no entanto, são alvo de críticas. No mês passado, o Ministério Público Estadual entrou com uma ação civil pública para evitar que dependentes oriundos do local sejam levados a entidades destinadas a pacientes psiquiátricos com surto. Além disso, os promotores apuram se pacientes da capital estão sendo encaminhados para unidades de tratamento no interior do Estado, limitando a cota de vagas para atendimento nas cidades menores.