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Cracolândia: 'Ninguém aguenta mais que bandidos vendedores de crack prejudiquem a vida das pessoas'

Prefeito Ricardo Nunes diz que será adotada política de 'tolerância zero com traficante'

20 jul 2023 - 23h30
(atualizado em 21/7/2023 às 06h17)
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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou nesta quinta-feira, 20, que, em conjunto com o governo estadual, ficou definido que uma nova estratégia adotada em relação à Cracolândia será "não dar trégua para o traficante", com o objetivo de reduzir o fornecimento de droga para dependentes químicos da região. A decisão ocorre após reunião de Nunes com Tarcísio de Freitas (Republicanos) e em meio às críticas sobre a possibilidade de transferência do fluxo de usuários para o Bom Retiro, ideia que o próprio governador acabou desistindo depois de anunciá-la na terça-feira, 18.

"Conversei com o Tarcísio para aprimorar ainda mais a questão da investigação, não dar trégua para o traficante. O que vai ter daqui pra frente é a mão cada vez mais forte do Estado em cima do traficante. Vamos ser implacáveis, contundentes, Polícia Militar, Polícia Civil e Guarda Civil Metropolitana, porque ninguém aguenta mais que uns bandidos vendedores de crack prejudiquem a vida das pessoas", disse Nunes.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, afirma que não haverá tolerância com os traficantes de drogas.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, afirma que não haverá tolerância com os traficantes de drogas.
Foto: Taba Benedicto/Estadão / Estadão

Segundo o prefeito será adotada a política de "tolerância zero com traficante", sem centralizar as discussões sobre a Cracolândia na questão da localização do fluxo. "Eles têm uma mobilidade própria. Os traficantes manipulam essas pessoas para pressionar o poder público", justificou.

A ideia inicial de Tarcísio era tentar aproximar os usuários de drogas do Complexo Prates, equipamento municipal que atende a população em situação de rua e também dependentes químicos, no Bom Retiro. A proposta, no entanto, provocou reclamações de comerciantes da região e críticas de especialistas em segurança pública. Atualmente, a Cracolândia se concentra na região das ruas Gusmões, Vitória, Santa Ifigênia e Avenida Rio Branco, no centro da capital.

Na semana passada, os poderes municipal e estadual já haviam feito uma primeira tentativa de remover o fluxo do centro. Relatos de líderes sociais e profissionais de saúde apontam que a Polícia Militar, a Polícia Civil e a GCM conduziram o fluxo da Rua dos Gusmões até a ponte Orestes Quércia, na Marginal do Tietê, em um caminho de cerca de três quilômetros. No final da operação, os usuários fugiram do local e retornaram ao centro.

Estadão
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