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Crise da água gera desgaste entre governo paulista e ONS

9 ago 2014 - 08h47
(atualizado às 12h24)
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 A estiagem que atinge o Estado de São Paulo gerou desconforto entre o governo paulista e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), segundo publicou neste sábado o jornal Folha de S. Paulo.  Desde quarta-feira, a Companhia Energética de São Paulo (Cesp) tem liberado na hidrelétrica de Jaguari apenas um terço do volume de água determinado pelo ONS.

Para o órgão nacional, a decisão da empresa paulista vai causar um "colapso" no abastecimento de água das cidades que ficam na bacia do rio Paraíba do Sul. Segundo os dados oficiais, 15 milhões de pessoas recebem água a partir desse rio, sendo 10 milhões no Rio.

O diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, enviou carta para a direção da Cesp condenando a decisão da empresa. No início desta semana, o ONS pediu para que a companhia de energia paulista triplicasse o volume de água liberado da usina de Jaguari.

A Cesp, no entanto, negou o pedido, alegando que o departamento de água e esgoto de São Paulo (DAEE), também ligado à administração Alckmin, recomendou manter a liberação de um volume mínimo de água por causa da estiagem que tem prejudicado o abastecimento no Estado.

Em contato com o Terra, a  assessoria da Secretaria Estadual de Recursos Hídricos divulgou o comunicado para dar a sua versão sobre o assunto:

Em atendimento à determinação da lei 9.433/97, que estabelece prioridade ao abastecimento humano entre os múltiplos usos da água, o DAEE determinou à CESP que mantenha a vazão mínima de 10m3/s na Usina de Jaguari, como prevista em resolução da ANA (Agência Nacional de Aguas).

A Secretaria Estadual de Saneamento e Recursos Hídricos já acionou a agência, responsável pela regulação do tema em nível federal, para que garanta a aplicação da lei.

A responsabilidade pela garantia do abastecimento de energia elétrica é do Sistema Integrado Nacional.

O Governo de São Paulo, por meio do DAEE e da Polícia Ambiental, tem feito um grande esforço para garantir a prioridade ao abastecimento humano. Entre outras medidas, tem fiscalizado a regularidade das tomadas de água no Estado, incluindo a bacia do Rio Paraíba do Sul.

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Fonte: Terra
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