Datafolha: 82% dos paulistanos são contra os "rolezinhos"
Em pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo desta quinta-feira, 82% dos entrevistados apulistanos se disseram contrários aos "rolezinhos", encontros de jovens da periferia em shopping centers. A condenação da atividade é geral, sob qualquer recorte que se faça da pesquisa com 799 moradores da capital maiores de 16 anos. A margem de erro foi de quatro pontos percentuais, para mais ou menos.
O maior apoio aos eventos foi registrado entre os mais jovens (24% dos que têm até 24 anos), mais ricos (16% entre os que ganham mais de dez salários mínimos mensais) e mais escolarizados (14% dos que têm nível universitário). Na zona leste, foi registrada a menor aprovação entre as regiões da cidade, com 8%. As atitudes que mais incomodam os paulistanos nesse ambiente são as correrias (70%), gritarias (54%) e aglomerações (46%). Sua tradução preferida para o verbo "zoar", muito usado nas convocações de rolezinhos pelas redes sociais, é "provocar tumulto" - verdadeiro objetivo das reuniões para 77% dos entrevistados. O propósito declarado dos adeptos dos rolezinhos - "apenas se divertir" - convence apenas 18% dos paulistanos. Para 80% dos entrevistados, os lojistas agem corretamente ao buscar a Justiça para proibir os encontros. Outros 73% consideram que a Polícia Militar deve ser acionada para impedi-los. E 72% acham que não há preconceito de cor na reação dos shoppings. Por fim, 73% afirmam que os shoppings não têm o direito de escolher quem pode e não pode entrar neles.