Defesa Civil alerta para alto risco de incêndio no Estado de São Paulo; veja mapa

Nas regiões centro e oeste do Estado, a situação é ainda mais crítica. Instrumento auxilia autoridades no monitoramento de queimadas em vegetação

Renata Okumura

18 jun 2024 - 06h24

(atualizado às 09h34)

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A Defesa Civil do Estado de São Paulo aponta alto risco de incêndio em todo o Estado de São Paulo, com destaque principalmente para as regiões central e oeste. Segundo o órgão, o mapa apresentado atua como um ferramenta preventiva, sendo possível, com base em modelos meteorológicos, identificar as chances de incêndio em determinado local.

A Defesa Civil do Estado de São Paulo aponta para alto risco de incêndio em todo o Estado de São Paulo, com destaque principalmente para as regiões centro e oeste.
Foto: Divulgação/Defesa Civil do Estado de SP / Estadão

Na segunda-feira, 17, o Centro de Gerenciamento de Emergência da Defesa Civil estadual (CGE) publicou o Mapa de Risco de Incêndio com a previsão para esta semana. O instrumento auxiliará no monitoramento de queimadas em vegetação durante o período da estiagem. No mapa, a situação se apresenta mais crítica entre quarta-feira, 19, e quinta-feira, 20.

A escala possui quatro níveis e vai do risco baixo (cor amarela) ao risco emergência (cor roxa). "No mapa divulgado, a coloração totalmente avermelhada chama a atenção. Nas regiões centro e oeste do Estado a situação é ainda mais crítica. A cor roxa indica o grau máximo de risco para estes locais. O software funciona 24 horas por dia e é feito a partir de algoritmos que compilam dados sobre elementos como o nível de chuva dos últimos dias, cobertura vegetal, umidade do ar e do solo, temperatura e velocidade do vento", alerta o órgão estadual.

Todos os dias, as coordenadorias municipais recebem o Mapa de Risco de Incêndio, recebendo indicativo de alerta os locais onde o risco é mais elevado. A partir daí, são adotadas medidas de prevenção que incluem vistorias em áreas mais propícias para queimadas, construção de aceiros, que funcionam como barreiras contra a propagação do fogo, e intensificação das campanhas de conscientização.

Conforme Willian Minhoto, meteorologista da Defesa Civil do Estado paulista, o risco elevado de incêndios florestais é causado devido a ausência de chuva e a baixa umidade relativa do ar em todo território paulista.

"O Estado de São Paulo possui um outono e inverno com climatologia de tempo mais seco, com tendência para que a umidade relativa do ar diminua significativamente, atingindo níveis mais críticos diariamente, ou seja, valores abaixo dos 30% em praticamente todas as áreas monitoradas", disse Minhoto.

A previsão indica que as condições climáticas devem permanecer desta forma pelo menos até a próxima segunda-feira, 24, com ausência completa de chuva e umidade relativa do ar abaixo dos 30% em diversos municípios.

No ano passado, mais de 90% dos 158 focos de incêndio do ano passado em áreas protegidas tiveram como causa ações humanas que poderiam ter sido evitadas, de acordo com o Painel Geoestatístico dos Incêndios Florestais em Unidades de Conservação e Áreas Protegidas, da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil).

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Atenção aos principais cuidados preventivos:

Não coloque fogo em áreas de vegetação seca;
Não jogue bitucas de cigarro em beiras de rodovias;
Não realize a limpeza da área rural utilizando técnicas com fogo;
Não queime lixo;
Não solte balão. Além de crime ambiental, é considerado uma das principais causas de incêndios florestais.

Segundo a Defesa Civil do Estado de São Paulo, neste período também é comum uma amplitude térmica maior, onde a diferença entre as temperaturas máxima e mínima é grande.

"No decorrer do período noturno, por causa de uma menor nebulosidade, a atmosfera tende a se esfriar mais, deixando aquela sensação típica de frio, porém no decorrer do dia, com a presença do sol e da pouca nebulosidade, a temperatura tende a subir gradativamente, criando assim a sensação térmica de calor", afirma Minhoto.

Para proteger à saúde, a população deve redobrar os cuidados com a hidratação, bebendo bastante água, assim como se protegendo do sol. "A prática de atividade física ao ar livre deve ser evitada nos horários mais críticos do dia e é recomendado o uso de soro nos olhos e nariz", acrescenta o órgão estadual.