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Denúncia contra ativistas foi baseada em único depoimento

24 jul 2014 - 09h13
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A denúncia contra os 23 ativistas acusados de associação para a prática de vários crimes em protestos no Rio de Janeiro foi baseada no depoimento de apenas uma testemunha, segundo informou o jornal Folha de S. Paulo nesta quinta-feira.  De acordo com a publicação, a testemunha se apresentou por vontade própria à Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) no dia 13 de junho e contou sua versão sobre a participação dos investigados em atos violento.

Segundo o inquérito, os telefones de alguns dos ativistas já haviam sido grampeados e outros foram interceptados a partir do depoimento da testemunha, que não foi a única a passar informações para a polícia, mas que foi a que forneceu mais elementos à denúncia aceita pela Justiça.

Segundo a testemunha, que pediu para não revelar o nome, mas se trata de um homem, Elisa de Quadros Pinto Sanzi, a Sininho, fazia parte de uma comissão, juntamente com Camila Rodrigues Jourdan, professora de filosofia, e Igor Mendes da Silva, do MEPR (Movimento Estudantil Popular Revolucionário) que respondia por ações “de ataques variados, como queimar ônibus e outras ações com objetivo de causar terror e pânico".

Segundo o homem, o trio incitava os manifestantes “a praticar atos de vandalismo".  Ativistas ouvidos pela publicação disseram que a testemunha se aproximou dos líderes do grupo após o ato de 17 de junho de 2013 e afastou-se depois. Ainda segundo o jornal, a testemunha do caso teria começado a ser hostilizada após brigar com a então namorada, ativista ligada aos líderes.

A defesa de 12 ativistas negou que o grupo seja uma quadrilha armada. Segundo Marino D'Icarahy, com os habeas corpus, eles irão “desmontar a farsa que se formou em torno desse caso". Já Lucas Sada, do Instituto de Defensores de Direitos Humanos (IDDH), que representa cinco ativistas, disse que "não existe nenhum registro relevante" que comprove associação criminosa.

Fonte: Terra
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