Deputada do Psol relata ameaças e ataca "silêncio" de Witzel
Desde abril, Talíria está sendo acompanhada por agentes da Polícia Legislativa em todos os lugares nos quais circula em Brasília
A deputada federal Talíria Petrone (Psol-RJ) voltou a ser vítima de ameaças de morte. Em abril deste ano, a Polícia Federal obteve informações de conversas captadas na chamada dark web, segundo as quais um plano contra a parlamentar estaria sendo elaborado desde 2018. Desde então, ela está sendo acompanhada por agentes da Polícia Legislativa em todos os lugares nos quais circula em Brasília.
Diante da gravidade do teor das ameaças, a própria Polícia Federal informou o caso ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que enviou um ofício ao governador do Rio, Wilson Witzel, solicitando proteção e escolta 24 horas para a parlamentar quando estiver no Rio.
De acordo com a assessoria de Talíria, o primeiro ofício de Maia foi enviado em 23 de abril. "Diante do silêncio do governador, o presidente da Câmara Federal enviou novo ofício, reiterando a solicitação, no dia 10 de maio. A bancada do Psol também enviou ofício ao governador pedindo para tratar do assunto. Mas, até o momento, não há qualquer resposta sobre a solicitação", informou em nota oficial divulgada no fim da manhã desta quinta-feira, 27.
Até agora o caso estava sendo tratado com sigilo, conforme sugerido pelos órgãos de segurança. "Mas, devido ao total descompromisso do governo com a segurança de uma parlamentar federal, resolvemos trazer a público para buscar uma solução pública", justificou a assessoria da deputada.
O governo do Estado foi procurado, mas ainda não se posicionou sobre o assunto.
Talíria já tinha sofrido ameaças de morte em 2018, quando era vereadora em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. As ameaças vieram à tona depois do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ), que era amiga pessoal de Talíria e companheira de partido.