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DF: 3 mil pedem renúncia de Renan e Feliciano; PM apreende até estilingue

22 jun 2013 - 19h58
(atualizado às 20h42)
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<p>Manifestantes mostram cartazes e gritam palavras de ordem ao Congresso Nacional, que estava vazio</p>
Manifestantes mostram cartazes e gritam palavras de ordem ao Congresso Nacional, que estava vazio
Foto: Wilson Dias / Agência Brasil

Diante de um Congresso Nacional sem deputados e senadores - já que é sábado -, cerca de três mil pessoas se reuniram no gramado em frente ao Parlamento nesta tarde. Eles pediam a renúncia do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do deputado presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, pastor Marco Feliciano (PSC-SP), e cantaram o Hino Nacional. 

Protestos tomam as ruas do País; veja fotos

Sob uma chuva fraca, alguns manifestantes entraram no espelho d'água. Durante o protesto, a PM prendeu três pessoas portando coquetéis molotov, uma faca e até um estilingue.

Mais cedo neste sábado, outro grupo se reuniu no Museu Nacional, desceu o Eixo Monumental, parou em frente ao Congresso, subiu até o Eixo Rodoviário sul e onde caminhou por cerca de um quilômetro. O grupo, então, decidiu retornar ao Congresso.

Mais de 700 policiais militares fizeram um cordão de isolamento ao redor do Congresso, do Palácio do Itamaraty e do Ministério da Justiça.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

Dilma apoia manifestações, mas condena atos de vandalismo:

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Fonte: Terra
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