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Praias do RJ têm policiamento pesado após série de arrastões

26 set 2015 - 15h22
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Foto: Alessandro Buzas / Futura Press

O sábado de céu nublado diminuiu a presença de banhistas nas praias da zona sul do Rio, mas não alterou o esquema policial para o início da Operação Verão, antecipado em sete dias em função dos arrastões ocorridos no fim de semana passado. Cerca de 700 policiais militares de vários batalhões participam da operação. Eles contam com o apoio de uma unidade de comando móvel, estacionado na Praia do Arpoador, em Ipanema, e um helicóptero do Grupamento Aeromóvel da Polícia Militar, que cobre a orla carioca, desde Botafogo, na zona sul, ao Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste.

Foto: Alessandro Buzas / Futura Press

A unidade móvel permite que o comandante da operação receba em tempo real as imagens transmitidas pelo helicóptero. “Com isso, ele pode dar o alerta de policiamento com maior velocidade e precisão”, disse o porta-voz da Polícia Militar, capitão Maicon Pereira, em entrevista à imprensa na manhã de hoje (26).

Além do monitoramento da orla, o esquema montado para a Operação Verão se apoia na intensificação das revistas e abordagens nos ônibus que têm como destino as praias, principalmente as de Copacabana, Ipanema e Leblon. Foram definidos 34 locais de abordagem: 17 na parte da manhã e 17 à tarde.

De acordo com o capitão Maicon Pereira, a abordagem dos passageiros está sendo feita com base no critério da “fundada suspeita”. “Essa abordagem se dá tanto em relação a menores quanto a maiores de idade. Em alguns pontos teremos agentes da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social. Caso seja encontrada alguma criança em situação de vulnerabilidade social elas serão encaminhadas aos agentes da secretaria”, disse.

Foto: Alessandro Buzas / Futura Press

Na Rua Gustavo Cordeiro de Farias, em Benfica, zona norte da cidade, os policiais militares pararam para revista os ônibus das linhas 472 (Triagem-Leme), 474 (Jacaré-Jardim de Alah) e 476 (Méier-Leblon). Segundo a polícia, essas são as linhas normalmente utilizadas por grupos de adolescentes e jovens das favelas de Manguinhos, Jacarezinho e do Méier suspeitos de participarem de arrastões nas praias da zona sul. Na manhã deste sábado, porém, eles não estavam nos ônibus dessas linhas. 

Nas areias entre os postos 6, no final de Copacabana, e 9, em Ipanema, a Secretaria Especial de Ordem Pública e a Guarda Municipal estão presentes em sete tendas, com 300 agentes. Equipes do Batalhão de Policiamento em Grandes Eventos, treinadas para atuar em aglomerações e com armamento não letal e uso progressivo da força, percorrem a faixa de areia.

“Me sinto mais segura, mas, mesmo assim, ainda sinto medo. Se eles atacarem, a polícia nem pode se defender, porque eles são menores. É complicado”, disse a contadora Débora Mota, que admite não ser, por causa do medo, uma frequentadora habitual da Praia de Copacabana, de se dirigia em direção ao Arpoador. Já a estudante Cinthia Furtado, que aprovou o policiamento, disse que os episódios de vandalismo não a fazem desistir de ir à praia. “Tento aproveitar o sol, sempre que ele aparece”.   

*Colaborou Dylan Araújo do radiojornalismo

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