Doria planeja reabertura gradual da economia de SP em maio
Material foi proposto pela equipe econômica do governo, mas área médica vai fazer alterações
SÃO PAULO - A gestão João Doria (PSDB) prepara um plano de abertura gradual da economia pós-pandemia da covid-19. Ele deve ser apresentado na próxima quarta-feira, 22. O material, proposto pela equipe econômica do governo, está sendo avaliado pela área médica, que já indicou que fará alterações. A intenção é que o plano possa ser implementado a partir de 11 de maio, dia seguinte ao fim programado da quarentena, mas é o avanço do vírus que vai definir isso, segundo o governo.
A ideia é transmitir ao Estado como será o relaxamento da quarentena, que será divulgado mesmo com o receio de parte do governo de que a simples notícia de reabertura possa incentivar as pessoas a saírem de casa. Assim, será dito que a entrada em vigor das medidas vai depender também do comportamento da população.
"A reabertura levará em consideração diversos fatores como disseminação da epidemia, situação do sistema de saúde e distanciamento social. Todas as medidas estarão alinhadas com o Comitê de Saúde do Centro de Contingência do Coronavírus. A ciência continuará pautando nossa ações", afirmou Doria em rede social. "É fundamental que a população contribua e permaneça em casa, mantendo o índice de isolamento social até o dia 10 de maio. Seguiremos trabalhando para salvar vidas."
Os setores econômicos que puderem voltar, em algumas regiões, teriam de concordar com regras de segurança sanitária cuja eficiência ainda está sendo verificada pelos integrantes do Centro de Contingência do Coronavírus, comitê que reúne 15 autoridades da área de saúde.
A proposta pretende acalmar ânimos de prefeitos, deputados e empresários que vêm pressionando o governo para uma retomada das atividades econômicas. Doria já vinha recebendo pressões de aliados nesse sentido e, na sexta-feira passada, vetou uma proposta que manteria a quarentena, que venceria no dia 22, apenas nas cidades das cinco regiões metropolitanas do Estado. O veto surpreendeu políticos do DEM, partido do vice-governador Rodrigo Garcia, que tinham essa abertura como certa.
Essa pressão fez com que os secretários da Saúde, José Henrique Germann, e do Desenvolvimento Regional, Marcos Vinholi, se reunissem ainda na sexta com cerca de 200 prefeitos do interior para pedir paciência. Tiveram de explicar que o vírus ainda chegaria nas cidades onde ainda não há registro de casos, se valendo de projeções feitas pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), que mostrou o interior três semanas atrasado em relação à Grande São Paulo no avanço do surto.
"Os prefeitos, no começo, foram até mais rígidos, fazendo barreiras sanitárias. Tivemos de ter muito diálogo", diz Vinholi, do PSDB, mesmo partido de Doria. Agora, ele diz receber ligações de "100 prefeitos por dia" com questionamentos sobre o isolamento. "O anúncio dessas medidas terá um impacto positivo", afirma o secretário.
Os setores econômicos que puderem voltar, em algumas regiões, teriam de concordar com regras de segurança sanitária cuja eficiência ainda está sendo verificada pelos integrantes do Centro de Contingência do Coronavírus, comitê que reúne 15 autoridades da área de saúde.
A proposta pretende acalmar ânimos de prefeitos, deputados e empresários que vêm pressionando o governo para uma retomada das atividades econômicas. Doria já vinha recebendo pressões de aliados nesse sentido e, na sexta-feira passada, vetou uma proposta que manteria a quarentena, que venceria no dia 22, apenas nas cidades das cinco regiões metropolitanas do Estado. O veto surpreendeu políticos do DEM, partido do vice-governador Rodrigo Garcia, que tinham essa abertura como certa.
Essa pressão fez com que os secretários da Saúde, José Henrique Germann, e do Desenvolvimento Regional, Marcos Vinholi, se reunissem ainda na sexta com cerca de 200 prefeitos do interior para pedir paciência. Tiveram de explicar que o vírus ainda chegaria nas cidades onde ainda não há registro de casos, se valendo de projeções feitas pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), que mostrou o interior três semanas atrasado em relação à Grande São Paulo no avanço do surto.
"Os prefeitos, no começo, foram até mais rígidos, fazendo barreiras sanitárias. Tivemos de ter muito diálogo", diz Vinholi, do PSDB, mesmo partido de Doria. Agora, ele diz receber ligações de "100 prefeitos por dia" com questionamentos sobre o isolamento. "O anúncio dessas medidas terá um impacto positivo", afirma o secretário.