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Dupla flagrada com bebê de 2 anos desaparecido em SC é presa por tráfico de pessoas

Ambos devem passar por audiência de custódia nesta terça-feira, 9; governo de Santa Catarina prepara volta de Nicolas Areias Gaspar

9 mai 2023 - 10h35
(atualizado às 20h50)
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Momento em que PM resgata bebê catarinense que estava desaparecido.
Momento em que PM resgata bebê catarinense que estava desaparecido.
Foto: O Município Joinville

O homem, de 52 anos, e a mulher, de 41, que foram presos após serem flagrados com o bebê de 2 anos, desaparecido em Santa Catarina, são suspeitos de tráfico de pessoas com a finalidade de adoção ilegal. Ambos ficaram em silêncio durante o interrogatório feito pela Polícia Civil, em São Paulo, na noite de segunda-feira, 8.

Um dos suspeitos, identificado como Marcelo Valverde, já foi transferido do 30º DP de Tatuapé, e aguarda audiência de custódia, que deve ocorrer nesta terça, 9. Roberta Porfírio segue na unidade, conforme informaram as autoridades ao Terra. A reportagem tentou identificar a defesa deles dois, mas até o momento não conseguiu. O espaço segue aberto para manifestações.

A família de Nicolas Areias Gaspar denunciou o desaparecimento dele na última sexta-feira, 5, em Florianópolis. A última vez que o menino tinha sido visto até então foi no dia 30 de abril. Desde então, a Polícia buscava por informações sobre o paradeiro da criança. Os agentes da PM chegaram até a dupla após serem informados pelo setor de inteligência da polícia que um carro envolvido em ação criminosa estava circulando pela região do Tatuapé.

Os policiais passaram a procurar e encontraram os dois suspeitos com a criança. O carro usado pelos suspeitos havia sido flagrado na região em que o menino desapareceu, e estava com as placas adulteradas para dificultar a identificação, conforme a Polícia Civil.

Em entrevista à TV Globo, o tenente da PM Sérgio Brandão afirmou que eles estavam nervosos no momento da abordagem. “Eles já sabiam o que estava acontecendo, porque já tinha dado mídia em Santa Catarina. Eles ficaram um pouco nervosos. A informação nossa é de que eles são de São Paulo, foram até Santa Catarina e retornaram para São Paulo”, declarou.

No momento da abordagem, a mulher apresentou um documento dizendo ser a certidão de nascimento da criança. Ela afirmou ainda que a mãe tinha doado o menino, e que o casal estava indo para o Fórum regularizar a situação.

Brandão também declarou que a criança estava bem e sem nenhum sinal de agressão ou violência.O carro tinha placas adulteradas, para dificultar sua identificação. Os dois, que não são um casal, foram presos em flagrante por  tráfico de pessoas com finalidade de adoção ilegal (Art. 149-A, IV). A criança foi encaminhada ao Conselho Tutelar.

O carro, os celulares e a cédula de identidade de um homem, identificado como marido da mulher que estava no veículo, foram apreendidos. Ele e a mãe da criança, além dos dois presos, também serão investigados.

Mãe investigada

A reportagem da emissora também apontou que no boletim de ocorrência a mãe teria entregado a criança espontaneamente aos dois, sem receber nenhuma vantagem, ou ser ameaçada. No entanto, a mulher apresenta quadro de extrema vulnerabilidade. Atualmente, ela está internada em uma unidade de saúde de Florianópolis. 

Autoridades preparam retorno de Nicolas

Agora, o Governo do Estado de Santa Catarina se mobiliza para trazer de volta o menino Nicolas. É preciso esperar a autorização judicial para que as equipes da Polícia Militar embarquem para São Paulo ainda nesta terça. 

“Foi um trabalho em conjunto das nossas forças policiais. Nosso avião vai buscá-lo em São Paulo para devolver para a família. As investigações vão continuar para saber quem fez isso”, afirmou o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello. Neste momento, o menino está com o Conselho Tutelar em São Paulo.

O caso

A família denunciou o sumiço de Nicolas na última sexta-feira, 5. A última vez que o menino tinha sido visto até então foi no dia 30 de abril. A mãe de Nicolas Gaspar está internada e não sabia dizer onde estava a criança.

A Polícia Civil havia realizado buscas e apreensões em locais informados por familiares de Nicolas e amigos da mãe dele, onde o bebê poderia estar, mas não encontraram nada.

Ainda na sexta-feira, a polícia também solicitou a quebra de sigilo de dados de telefones celulares e aplicativos de transporte que pudessem elucidar para onde o menino tinha sido levado.

Fonte: Redação Terra
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