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Elize Matsunaga, condenada por matar o marido, ganha liberdade condicional e deixa a prisão

Crime ocorreu em 2012 e julgamento, em 2016; Elize deixou a Penitenciária Feminina de Tremembé, no interior de São Paulo, nesta segunda

30 mai 2022 - 19h31
(atualizado em 31/5/2022 às 11h38)
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SÃO PAULO - A Justiça concedeu na tarde desta segunda-feira, 30, liberdade condicional a Elize Matsunaga, condenada a 16 anos de prisão por matar e esquartejar o marido, Marcos Kitano Matsunaga. O caso ocorreu em 2012 e o julgamento, em 2016. Elize deixou a Penitenciária Feminina de Tremembé, no interior de São Paulo, já nesta segunda.

Advogada de Elize, Juliana Fincatti Moreira Santoro disse que a notícia foi recebida com surpresa. "A gente está satisfeito porque a decisão finalmente saiu, mas não sabíamos exatamente quando isso aconteceria", afirmou.

Segundo ela, que falou com o Estadão no fim da tarde desta segunda,a expectativa era que Elize deixaria a Penitenciária Feminina de Tremembé ainda naquele dia. "Falta só resolver alguns trâmites para a liberação", explicou.

Pouco depois, Elize saiu da prisão e celebrou a liberdade condicional nas redes sociais do advogado Luciano Santoro. Por questão de segurança, não foi divulgado o local para onde ela foi levada.

Em nota, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) confirmou que, após decisão judicial, a direção da Penitenciária Feminina "Santa Maria Eufrásia Pelletier" de Tremembé deu cumprimento às 17h35 desta segunda ao alvará de soltura em favor de Elize Matsunaga, em virtude de livramento condicional.

Relembre a condenação de Elize

Em dezembro de 2016, Elize Matsunaga foi condenada a 19 anos e 11 meses de prisão em regime fechado por ter matado e esquartejado o marido, em 2012. O crime aconteceu no apartamento do casal, na Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo. Após ser baleado na cabeça, o executivo teve o corpo cortado em sete partes, jogadas à beira de uma estrada em Cotia, na Grande São Paulo.

Ré confessa, Elize foi presa semanas após cometer o assassinato. A pena máxima prevista para os crimes cometidos por ela era de 33 anos de reclusão, mas o Conselho de Sentença eliminou duas das três qualificadoras no homicídio. Apesar de comemorar o entendimento dos jurados, a defesa de Elize recorreu.

A pena, então, foi recalculada para 18 anos e nove meses, em razão do tempo de Elize na prisão e trabalhos realizados na penitenciária. Depois, a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reduziu para 16 anos e três meses. Em 2019, a Justiça autorizou ainda que a detenta cumprisse o restante da pena em regime semiaberto.

Estadão
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