Em feito inédito, médicos reconstroem rosto de mulher atingida por colheitadeira no PR
Com tecnologia alemã, o procedimento é novidade entre os médicos no Brasil
Uma mulher teve o rosto totalmente reconstruído em um procedimento que é novidade entre a comunidade médica no Brasil, e utiliza tecnologia da Alemanha. Moradora de Sertanópolis, no Paraná, Sthefane Felipe Verteiro sofreu um grave acidente a caminho do trabalho, quando estava de moto e foi atingida por uma colheitadeira.
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O acidente aconteceu na rodovia PR-092. Em março de 2023, a colheitadeira invadiu a pista contrária e atingiu a mulher. A batida deixou o rosto dela desfigurado do lado esquerdo. Após o acidente, Sthefane precisou ficar 60 dias internada em Londrina, correndo risco de vida.
Apesar de ter sobrevivido, seu rosto ficou com muitas marcas. Médicos usaram um software desenvolvido na Alemanha para testar o procedimento que seria feito nela. A ciruria aconteceu, primeiro, no computador, e só depois foi aplicada em Sthefane, na semana passada, mais de um ano depois do acidente. As informações são da RPC Londrina, afiliada da Rede Globo.
O cirurgião Daniel Gaziri explica que é feito um espelhamento do lado do rosto sem marcas, para o lado com problemas, pelo computador. Depois, são feitas as correções necessárias, e são impressas próteses em titânio. O material pode ser usado pelo paciente durante toda a vida, e é leve. No Brasil, o feito é inédito.
Poucos dias após a cirurgia, Sthefane recebeu alta hospitalar, não perdeu a visão e poderá voltar a trabalhar em três meses. Ela disse que não se lembra do acidente, em entrevista à TV local.
"Eu acordei dias depois, e o que me informaram é que uma colheitadeira tinha invadido a pista contrária e aí a gente tinha colidido. Eu só sei que ela invadiu a rodovia que nós estávamos, que não tinha acostamento", afirmou.
Na época do acidente, Sthefane e o noivo, jorge Aguilar, estavam com o casamento marcado para maio. O sonho precisou ser adiado para que ela se recuperasse, e o sucesso da cirurgia fez com que o plano pudesse ser retomado.
"Eu guardei as alianças desde a primeira cirurgia. E elas sempre estiveram comigo, em todas as etapas desse processo", contou Jorge.