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Empresa demite mulher flagrada ofendendo fiscal da Prefeitura do Rio

Taesa afirmou que 'compartilha a indignação da sociedade em relação a este lamentável episódio'

6 jul 2020 - 15h37
(atualizado em 8/7/2020 às 00h13)
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RIO - Flagrada ofendendo um fiscal da Prefeitura do Rio de Janeiro durante ação de combate à aglomeração em bares da capital fluminense — em cena mostrada na noite de domingo em reportagem do Fantástico —, uma funcionária da Taesa foi demitida na manhã desta segunda-feira, 6.

Mulher ofendeu fiscal da Prefeitura do Rio.
Mulher ofendeu fiscal da Prefeitura do Rio.
Foto: Reprodução/TV Globo / Estadão

A empresa do setor elétrico emitiu nota em que afirma que "compartilha a indignação da sociedade em relação a este lamentável episódio", ressaltando ainda que a funcionária "desrespeitou a política vigente na empresa" de distanciamento social e prevenção ao novo coronavírus.

Na reportagem, a mulher aparece ao lado de um homem ofendendo o Superintendente de Inovação, Pesquisa e Educação em Vigilância Sanitária, Fiscalização e Controle de Zoonoses da Prefeitura do Rio, Flávio Graça. Após o fiscal se referir ao homem como "cidadão", a mulher rebateu: "Cidadão não, engenheiro civil, formado. Melhor do que você", disse ela.

As equipes realizavam fiscalizações em bares e restaurantes que desrespeitavam as normas de distanciamento social estabelecidas para a reabertura desses locais. Os fiscais disseram que, com frequência, as pessoas são agressivas e arredias, o que culmina com ameaçadas dirigidas aos servidores. "A gente paga você, filho", disse ainda a mulher que acabou demitida nesta segunda-feira.

A Taesa disse ter tomado conhecimento do envolvimento de uma de suas empregadas "em um caso de desrespeito às leis que visam reduzir o risco de contágio pelo novo coronavírus". "A Taesa ressalta que segue respeitando o isolamento e as mais rigorosas regras de prevenção ao coronavírus e que a empregada em questão desrespeitou a política vigente na empresa. Diante dos fatos expostos, a Taesa decidiu por sua imediata demissão", declarou em nota a empresa.

Ganharam repercussão na semana passada imagens de aglomerações em bares do Leblon. A liberação levou a formação de grandes grupos na zona sul carioca, com clientes acumulados em calçadas, sem respeitar o distanciamento social e abdicando do uso de máscaras. O Estado tem mais de 10 mil mortos e 100 mil infectados com coronavírus.

Um dos trechos de maior movimento na oportunidade, de acordo com os vídeos postados em redes sociais, foi a Rua Dias Ferreira, na região conhecida como "Baixo Leblon". Pelas imagens, foi possível ver garçons e funcionários dos bares usando máscaras, enquanto a maioria dos clientes seguia desprotegida, dificultando inclusive o trânsito de veículos no local.

A Prefeitura do Rio de Janeiro havia anunciado a flexibilização do isolamento social na cidade, permitindo estabelecimentos gastronômicos a abrirem para 50% da capacidade de público, com intervalos de pelo menos dois metros entre as mesas e a obrigação de encerrarem o expediente até as 23h. A gestão Marcelo Crivella disse que a Guarda Municipal realizou autuações na região.

O Sindicato dos Bares e Restaurantes do Rio (SindiRio), que representa dez mil estabelecimentos da cidade, emitiu nota na semana passada declarando que "é absolutamente contra a aglomeração de pessoas" como a ocorrida em alguns pontos na noite desta quinta-feira, "sobretudo em espaço público, onde bares e restaurantes não exercem controle".

Confira a nota da Taesa na íntegra

A TAESA é uma companhia comprometida com a segurança e a saúde não apenas de seus empregados, mas também com o bem-estar de toda a sociedade. Desde o início da pandemia da Covid-19, a Taesa implementou inúmeras iniciativas para proteger a saúde de seus profissionais e seus familiares, como o home-office para 100% do seu quadro administrativo, e a adoção de diversas outras medidas de proteção para as equipes que operam em campo.

A companhia não compactua com qualquer comportamento que coloque em risco a saúde de outras pessoas ou com atitudes que desrespeitem o trabalho e a dignidade de profissionais que atuam na prevenção e no controle da pandemia.

A TAESA tomou conhecimento do envolvimento de uma de suas empregadas em um caso de desrespeito às leis que visam reduzir o risco de contágio pelo novo coronavírus e compartilha a indignação da sociedade em relação a este lamentável episódio, sobretudo em um momento no qual o número de casos da doença segue em alta no Brasil e no mundo.

A TAESA ressalta que segue respeitando o isolamento e as mais rigorosas regras de prevenção ao coronavírus e que a empregada em questão desrespeitou a política vigente na empresa. Diante dos fatos expostos, a TAESA decidiu por sua imediata demissão.

Estadão
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