Enfermeiras suspeitaram do comportamento de pai de adolescente abusada em UTI
Funcionárias do hospital que atenderam a adolescente de 17 anos notaram que ela estava agitada
Duas enfermeiras que atenderam a adolescente de 17 anos, abusada pelo pai enquanto estava em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em São Paulo, afirmaram que suspeitaram do comportamento do homem. Elas também notaram que havia alteração nos sinais vitais da jovem na presença do pai, ficando mais agitada do que de costume.
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As informações foram dadas pelas funcionárias ao Profissão Repórter, da TV Globo, exibido na terça-feira, 11. O pai foi filmado abusando da filha enquanto ela estava internada e com uma traqueostomia.
A equipe de enfermagem gravou o vídeo que foi usado como prova contra o pai na denúncia. O caso aconteceu em maio, durante a madrugada. Os funcionários desconfiaram das atitudes do pai e notaram mudanças no comportamento da jovem.
A garota foi internada após ter uma parada cardiorrespiratória que gerou sequelas e continua no hospital.
"Observamos que, durante o tempo que ela ficava com o pai, era o momento em que realmente ela se agitava mais, tinha taquicardia. A equipe toda ficou em alerta porque a gente não queria acreditar que era o que realmente a gente estava vendo ali. Era uma situação de abuso”, disse uma funcionária em entrevista ao Profissão Repórter.
A outra profissional descreveu o que o pai fazia com a filha. "Ele acariciou o seio dela. Eu vi por duas vezes na noite de sexta-feira. Ele abria a fralda dela por duas vezes, e nós brigamos com ele, [dissemos] que não era para ele fazer aquilo. Ele mexia muito na perna, beijava meio que de canto de boca, se esfregava na beira da cama e, ao sair, ele ajeitava a roupa e se direcionava ao banheiro."
Sete funcionários foram ouvidos pela polícia durante as investigações. O homem fechava a cortina do leito da UTI para cometer os abusos.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) concluiu que a adolescente tinha lesões compatíveis com a prática de atos libidinosos. O homem foi preso no dia 13 de maio e é réu por estupro de vulnerável.
A defesa nega as acusações e diz que as filmagens não confirmam com exatidão o crime.
Em caso de violência, denuncie!
Violência sexual contra a menores de idade é crime, com pena de prisão prevista em lei. Ao presenciar qualquer episódio de abuso, denuncie. Você pode fazer isso por telefone (ligando 190 ou 180). Também pode procurar uma delegacia, normal ou especializada.