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Especialistas defendem investigação e inteligência para combater violência

'Se a política de abate no Rio tivesse dado certo, seríamos a região mais pacífica do mundo', diz ex-chefe de Estado Maior da PMERJ

30 set 2019 - 03h11
(atualizado às 07h56)
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RIO - Ex-chefe de Estado Maior da Polícia Militar do Rio, o coronel reformado Robson Rodrigues, que desenvolve pesquisas no Laboratório de Análise da Violência da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), afirma que problemas complexos como o do Rio pedem políticas igualmente complexas.

Rodrigues diz ser precipitado relacionar a alta na letalidade com a queda nos indicadores em 2019. "Se a política de abate no Rio tivesse dado certo, seríamos a região mais pacífica do mundo."

Para ele, "a PM tem de ser posta para trabalhar na prevenção, cobrindo a mancha criminal de acordo com a sua vocação originária: patrulhamento ostensivo". "As operações tem de ser feitas com mais investigação, reduzindo essas ações e buscando qualificá-las melhor."

O economista Daniel Cerqueira, coordenador do Atlas da Violência, vai na mesma linha. Ele afirma que a redução de homicídios aconteceria de forma mais eficaz se houvesse mudança na forma como é feito o policiamento: menos brutalidade e mais investigação e inteligência.

"Poderíamos identificar os homicidas, as regiões onde eles atuam, quem são os fornecedores de armas e também a questão da lavagem de dinheiro", defende Cerqueira, que também é conselheiro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. "A política que temos hoje é baseada no achismo. Estamos apenas apagando incêndio. Não existe gestão ou inteligência."

Outro ponto citado por Cerqueira é o trabalho das polícias junto às comunidades.

"Hoje a polícia afasta a comunidade. Isso não dá certo. A polícia precisa trabalhar junto com a comunidade para que essa redução de homicídios aconteça de fato."

E, por fim, o coordenador do Atlas da Violência fala em "prevenção social". "Prevenção social são as políticas públicas para melhorar a condição de vida das comunidades. Melhorar a educação e as escolas, bem como a oferta de empregos."

Estadão
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