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Alunos ocupam escola em SP; PM reage com spray de pimenta

11 nov 2015 - 14h54
(atualizado às 14h54)
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Foto: André Lucas Almeida / Futura Press

Estudantes ocupam desde o início da manhã de ontem (10) a Escola Estadual Fernão Dias Paes, localizada na rua Pedroso de Moraes, em Pinheiros, zona oeste da capital paulista. Eles protestam contra a reorganização das instituições de ensino proposta pela Secretaria da Educação, que vai provocar o fechamento de 94 escolas e a transferência de cerca de 311 mil estudantes, em 2016, para escolas da região onde moram. O objetivo, segundo a secretaria, é segmentar as escolas em três grupos (anos iniciais e finais do ensino fundamental e ensino médio), conforma o ciclo escolar.

No início da manhã de hoje houve um tumulto, na frente da escola, entre estudantes que apoiam a ocupação e a Polícia Militar, que reagiu usando spray de pimenta em direção ao grupo. Alguns alunos, inclusive, passaram mal e precisaram de atendimento no local. Em nota, a corporação informou que 'um rapaz foi contido após cruzar o perímetro de isolamento da área”. De acordo com o comunicado, a PM esclarece que ninguém foi preso por participar do ato. Até agora, 15 pessoas saíram da escola e foram entregues aos pais ou repassados ao Conselho Tutelar. A corporação finaliza a nota informando que “acompanha o protesto de alunos, em Pinheiros, para resguardar a integridade dos manifestantes e dos demais cidadãos que estão no local. E impede a entrada de novos manifestantes devido à irregularidade da ocupação do prédio”.

Segundo a dirigente de ensino da região centro-oeste, Rosangela Valin, os alunos ocuparam a escola, em Pinheiros, por volta das 6h30 de ontem e permanecem no local até o momento. “Eles colocaram cadeados no portão e não deixaram nenhum funcionário administrativo ou professor entrar”, informou. Ela disse ainda que, hoje, 15 alunos permanecem dentro da instituição de ensino. Hoje à tarde, a Procuradoria Geral do Estado vai pedir à Justiça a reintegração de posse da escola.

Foto: André Lucas Almeida / Futura Press

No caso do Fernão Dias, a dirigente de ensino disse que 292 dos 1.906 alunos da instituição de ensino serão transferidos no próximo ano. A unidade, que hoje atende estudantes do 2º ciclo (6º ao 9º ano) e do Ensino Médio, vai priorizar o ciclo que tem mais demanda. “A escola tem ociosidade de 29% e, com a mudança, além dos atuais 1.694 estudantes do Ensino Médio, poderá receber mais alunos desse ciclo. Passará a oferecer mais salas de aulas para essa demanda”, declarou a dirigente.

Desde o início do mês passado, quando a proposta da Secretaria de Educação do Estado foi comunicada para os diretores das unidades, vários protestos foram realizados no estado. No dia 26 de outubro, a Secretaria de Educação confirmou que 94 escolas serão fechadas em razão do processo de reorganização da rede estadual, cujo objetivo é segmentar as escolas em três grupos (anos iniciais e finais do ensino fundamental e ensino médio), conforma o ciclo escolar.

Ontem (10), mais um protesto contra a reorganização das escolas estaduais foi realizado na capital. O ato organizado pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial no Estado de São Paulo (Apeoesp), a Central de Movimentos Populares (CMP) e a União dos Movimentos de Moradia (UMM), entidades que compõem o Fórum dos Movimentos Sociais do Estado de São Paulo, interditou por cerca de 3h a avenida Morumbi, em frente ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.

Com informações da Agência Brasil.

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Foto: André Lucas Almeida / Futura Press
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Fonte: Terra
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