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Estudantes acusam PMs à paisana de depredar escolas

2 dez 2015 - 13h50
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Foto: Renato S. Cerqueira / Futura Press

Os alunos que protestaram na manhã de hoje (2) na Avenida Doutor Arnaldo, zona oeste da capital paulista, reclamaram da truculência da Polícia Militar (PM), durante o ato. A manifestação é contra a reorganização escolar que levará ao fechamento de 93 unidades de ensino.

Cinco pessoas foram levadas ao 23º Distrito Policial, na Pompeia. De acordo com o tenente da PM Diego Marcel Fernandes Dias, a maioria dos 80 manifestantes aceitou liberar a via. “O problema é que tinham alguns que não aceitaram as ordens e foram se jogando pra cima dos carros, resistiram a ordem de liberar pelo menos uma das faixas”, declarou.

O tenente nega que tenha havido confronto e truculência. “O protesto pacífico sempre é permitido, desde que seja previamente avisado ou que não bloqueie totalmente a via”, disse o tenente.

Os estudantes, por sua vez, disseram que a policia agiu de forma violenta. “A gente estava muito pacífico, muito tranquilo. Os policiais vieram e pegaram a cadeira que a gente estava sentado. Depois foi piorando porque ninguém queria sair. Falaram que não podia bloquear tudo”, disse Willian Dias de Andrade Silva, estudante da Escola Romeu de Moraes.

Segundo os alunos, quando um contingente maior de policiais chegou, partiu para a agressão com cacetetes.

Depredação de escolas

Estudantes também disseram que policiais à paisana têm depredado escolas para culpar os manifestantes. “Isso é um erro. Só fazem isso nas escolas de periferia. Não tem que fechar escolas”, disse William.

Ariel de Castro, advogado de direitos humanos, também denunciou a ação de policiais. “Temos isso todos os dias e ontem tivemos na escola da Bela Vista, policias fardados ou à paisana para intimidar sem qualquer ordem judicial. Temos relatos de policias que promovem os danos ao patrimônio para depois culpabilizar os estudantes”, declarou.

A Agência Brasil entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública a respeito das denúncia, mas o órgão ainda não se manifestou.

Agência Brasil Agência Brasil
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