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Exame de necropsia revela detalhes da morte de soldado da Rota em Guarujá

Patrick Bastos Reis foi morto enquanto fazia patrulhamento em uma comunidade de Guarujá, no litoral paulista, no dia 27 de julho

9 ago 2023 - 16h33
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Soldado Patrick Bastos Reis, que pertencia ao 1º Batalhão de Polícia de Choque, não resistiu e morreu
Soldado Patrick Bastos Reis, que pertencia ao 1º Batalhão de Polícia de Choque, não resistiu e morreu
Foto: Divulgação/Polícia Militar

O exame de necropsia do soldado da Rota Patrick Bastos Reis, morto em Guarujá, no litoral paulista, no dia 27 de julho, constatou que a causa da morte do policial foi hemorragia interna aguda traumática devido a projetil de arma de fogo. A informação foi confirmada pelo delegado à frente do caso, Antônio Sucupira, em entrevista ao Terra

Segundo aponta o laudo, a bala entrou entre o ombro e o braço esquerdo do soldado, e atravessou o tórax do policial, atingindo também os pulmões e a aorta ascendente do agente da Rota. 

Reis era natural de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Ele pertencia ao 1º Batalhão de Polícia de Choque – Rota, e havia ingressado na Polícia Militar em 7 de dezembro de 2017. 

O soldado deixa um filho de 3 anos, fruto de seu relacionamento com uma policial militar, mas os dois se separaram. Em dezembro de 2022, Patrick se casou com outra policial da PM. Desde o ano passado, os pais dele haviam se mudado para São Paulo para ficarem perto do filho.

Nesta terça-feira, 8, a Justiça aceitou nesta terça-feira, 8, a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado contra três homens acusados de envolvimento na morte do policial militar.

Dentre os acusados estão Erickson David da Silva, o 'Deivinho', apontado como integrante do PCC e autor do disparo que vitimou o soldado, o irmão dele, Kauã Jason da Silva, e Marco Antônio de Assis Silva, o 'Mazzaropi'. Todos negam envolvimento na morte do agente.  

O crime desencadeou a 'Operação Escudo' na Baixada Santista e pelo menos 16 pessoas morreram desde o inicío da ação, realizada por policiais militares nas comunidades da região. Moradores têm denunciado abusos, execuções, e episódios de violência policial como retaliação.

A juíza Denise Gomes Bezerra Mota, da 1.ª Vara Criminal do Guarujá, decretou a prisão preventiva de Kauã e Erickson. Também manteve a prisão de Marco Antonio. A magistrada justificou que eles têm "estreita ligação" com a criminalidade e que o crime colocou em "desassossego a ordem pública" na cidade.

"Restou demonstrada nos autos a existência de uma associação armada que atuava na biqueira da Silveira, voltada para a prática dos crimes de tráfico de drogas, e que em razão da violência exacerbada empregada por essa associação criminosa a investigação teve dificuldades para encontrar testemunhas, de modo que a custódia cautelar dos acusados demonstra-se indispensável à conveniência da instrução criminal", escreveu.

As defesas têm dez dias para apresentar os primeiros argumentos. O caso deve ser julgado no Tribunal do Júri.

*Com informações do Estadão Conteúdo

Fonte: Redação Terra
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