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Execução de delator do PCC: força-tarefa cumpre mandados de busca, apreensão e prisão

Antônio Vinicius Lopes Gritzbach foi morto no Aeroporto de Guarulhos; polícia oferece recompensa de R$ 50 mil para quem tiver informações sobre o suspeito

22 nov 2024 - 15h16
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A força-tarefa criada pela Secretaria da Segurança Pública para investigar a execução do empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach no último dia 8, no Aeroporto de Guarulhos, cumpre nesta sexta-feira, 22, mandados de busca, apreensão e prisão. Não foram dados detalhes da ação. A SSP apenas confirmou que equipes estão em diligências neste momento.

Afastamento de policiais

Há dez dias, foi determinado o afastamento de quatro policiais militares investigados pela Corregedoria da corporação por fazer escolta para o delator. PMs de São Paulo na ativa são proibidos de fazer escolta, segurança particular ou qualquer outra atividade externa à corporação. O descumprimento é infração ao regimento interno da instituição e pode ser punido até com a expulsão.

Como mostrou o Estadão, quatro agentes faziam a segurança particular de Gritzbach no dia em que o delator do Primeiro Comando da Capital (PCC) foi executado em plena luz do dia - esses já tinham sido afastados anteriormente. Portanto, são oito PMs tirados dos serviços nas ruas.

Delator do PCC foi morto a tiros de fuzil no último dia 8 no Aeroporto de Guarulhos; policiais trabalhando na cena do crime.
Delator do PCC foi morto a tiros de fuzil no último dia 8 no Aeroporto de Guarulhos; policiais trabalhando na cena do crime.
Foto: Italo Lo Re/Estadão / Estadão

Atuação de policiais civis também é investigada

A Corregedoria da Polícia Civil também acompanha os policiais civis que foram citados no acordo de colaboração firmado pelo Ministério Público. Parte dos extratos da delação de Gritzbach foi encaminhada à instituição, que deu início em outubro a uma apuração sigilosa, com providências administrativas preliminares para individualização da conduta de cada um.

Polícia oferece recompensa de R$ 50 mil por suspeito de participar de execução

Na terça-feira, 19, a Polícia Civil de São Paulo realizou operação para tentar prender um suspeito de ajudar os atiradores que executaram o delator. O suspeito, Kaue do Amaral Coelho, não foi encontrado pelas autoridades em sua casa e está foragido. Uma recompensa de R$ 50 mil foi oferecida para quem tiver informações sobre ele. A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Coelho.

Kauê do Amaral Coelho, de 29 anos, suspeito de participar da morte do delator do PCC.
Kauê do Amaral Coelho, de 29 anos, suspeito de participar da morte do delator do PCC.
Foto: Divulgação/Polícia Civil / Estadão

O crime

Conforme as informações preliminares do caso, Gritzbach havia acabado de chegar de viagem com a namorada no aeroporto e seria recebido pelo filho e um grupo de quatro seguranças, composto por PMs que faziam a proteção do empresário. No caminho para o aeroporto, porém, um dos carros usados por eles teria supostamente apresentado falha mecânica. Três dos seguranças, então, teriam ficado com o veículo. Assim, somente um estava no aeroporto na hora do atentado.

Uma das linhas de investigação, que ainda está em fase preliminar, busca entender se os agentes não teriam deixado o policial exposto no aeroporto intencionalmente. Os celulares desses quatro integrantes da escolta e da namorada de Gritzbach foram apreendidos pelo DHPP, de acordo com informações da SSP.

Os policiais militares que pertenciam à equipe de segurança da vítima já prestaram depoimento para a Polícia Civil e também na Corregedoria da PM. Eles foram afastados de suas atividades operacionais durante as investigações e ficarão em expediente administrativo a pedido da Corregedoria. A namorada da vítima também foi ouvida pelos investigadores. As corregedorias das Polícias Civil e Militar apuram a atuação dos agentes.

Estadão
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