Facção criminosa tinha acesso ao sistema de câmeras do Governo de SP
Em uma conversa de WhatsApp interceptada pela PF, um dos investigados pede a um "parceiro" que investigue a placa de um carro da polícia, aparentemente descaracterizado, e repasse os trajetos feitos pelo veículo.
De acordo com a Polícia Federal, as investigações em andamento apontam que integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa acusada de planejar sequestro e morte de autoridades, tinha acesso ao "Detecta", sistema de monitoramento de câmeras do governo do São Paulo, lançado em 2014.
Segundo o site Metrópoles, em uma conversa de WhatsApp interceptada pela PF, cuja transcrição foi anexada ao pedido de prisão de 14 membros da facção apresentado à Justiça, um dos investigados pede a um "parceiro" que investigue a placa de um carro da polícia, aparentemente descaracterizado, e repasse os trajetos feitos pelo veículo.
"Parceiro, precisava saber aonde esse carro andou de sábado até hoje (sic)", diz a mensagem, que segue: "Consegue dar uma força pra mim pra vê no detecta lá (sic)".
O criminoso recebeu uma tela, como resposta, com as informações de cadastro do carro, como ano de fabricação e local de emplacamento. A tela dizia ainda que o "possuidor" do automóvel era a Polícia Civil de São Paulo.
A descoberta ocorreu após a Justiça retirar o sigilo da investigação realizada pela PF (Polícia Federal) sobre o plano de matar senador Sergio Moro. Nas mensagens obtidas pelos policiais, um suspeito pede a um "parceiro" informações sobre a localização de um veículo do qual ele tem interesse.