Falta de luz em SP: 14 mil imóveis continuam sem energia após cinco dias

Ao menos 14 mil imóveis de São Paulo continuam sem luz na manhã desta quarta-feira, 8, de acordo com a Enel, concessionária responsável pela distribuição de energia elétrica na cidade. Esse é o quinto dia de falta de energia no município desde o temporal que atingiu o estado, na última sexta-feira, 3. 

Com as fortes chuvas, 2,1 milhões de endereços ficaram sem o serviço prestado pela empresa. O número atualizado representa 0,66% do total de consumidores afetados. A Enel não informou quais regiões de São Paulo lidam com essa situação. Ainda não há previsão para que todo o serviço seja restabelecido na capital paulista. 

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O temporal de sexta com ventos de mais de 100 km/h provocou a queda de centenas de árvores na cidade, derrubando o fornecimento de energia elétrica em grande parte da capital. Na segunda-feira, 6, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou que pretendia recorrer à Justiça já nesta quarta, caso a Enel não normalizasse o serviço nesta terça-feira, 7.

"Vou entrar na Justiça porque eles fizeram um compromisso público comigo de restabelecer a energia até terça. Eu não tenho o poder de fiscalização, já que eles são regidos pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Portanto, se não cumprir o prazo, vou entrar na Justiça", afirma o prefeito.

A Promotoria do Consumidor, no entanto, propôs à Enel na terça que indenize os 2,1 milhões de imóveis afetados pelo apagão. Os representantes do Ministério Público de São Paulo (MPSP) buscam um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a concessionária, mas cogitam o ajuizamento de uma ação civil pública no caso de uma negativa ao pagamento de danos morais e materiais. A concessionária tem um prazo de 15 dias para responder. Os valores ainda estão em discussão.

Além dos mais de 2 milhões de consumidores sem energia, as fortes chuvas deixaram ao menos oito pessoas mortas no Estado. Mais de 40 municípios, incluindo a capital paulista, tiveram ocorrências por queda de árvores. Foram mais de 2 mil chamados para ocorrências de acordo com as defesas civis e o Corpo de Bombeiros em todo o Estado.