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Falta de ponta de dedo em cadáver ajuda na identificação de homem assassinado há 12 anos em SC

Rafael Tura foi assassinado a tiros em maio de 2013 e, na época, não foi possível fazer a identificação do corpo

31 jan 2025 - 16h25
(atualizado às 18h24)
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Corpo foi exumado para realização do cruzamento de dados
Corpo foi exumado para realização do cruzamento de dados
Foto: Divulgação/Polícia Científica de Santa Catarina

O corpo de um homem assassinado a tiros há 12 anos em Chapecó, no oeste de Santa Catarina, foi identificado neste mês. A falta de parte do dedo indicador de Rafael Tura foi uma das características analisadas pela Polícia Científica. Antes, o homem constava nos registros policiais como desaparecido. O caso deve ser reaberto pela Polícia Civil. 

O corpo de Rafael foi encontrado em avançado estado de decomposição em 30 de maio de 2013, em uma área rural do bairro Linha Sede Trentin. O laudo pericial aponta que ele foi atingido, no mínimo, por seis disparos de arma de fogo. 

“Por estar em estado de decomposição, já estava inviável fazer a identificação pelas digitais”, afirma ao Terra o superintendente regional de Polícia Científica em Chapecó, Felipe Salata Braga. O corpo do homem, até então desconhecido, foi sepultado três meses depois. 

As autoridades, ao revisitar casos antigos de cadáveres não identificados que foram sepultados, encontraram em setembro de 2024, durante a Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas – promovida pelo Ministério da Justiça com o apoio dos órgãos oficiais de perícia de todo o Brasil –, registros compatíveis com local e data do desaparecimento. 

Segundo Braga, o que chamou a atenção da equipe nesse caso foi a falta do indicador direito nas imagens do local do crime na perícia e também nos registros de Rafael, que não havia a impressão digital do mesmo dedo. 

Ossada não identificada tinha parte do dedo amputado, assim como o homem desaparecido
Ossada não identificada tinha parte do dedo amputado, assim como o homem desaparecido
Foto: Divulgação/Polícia Científica de Santa Catarina

Em novembro, foi realizada a exumação da ossada, encaminhada para análise por peritos do Setor de Antropologia Forense e Odontologia Legal da Polícia Científica em Florianópolis. Em paralelo a isso, também foram coletadas informações com a família, como histórico odontológico e médico. 

“Tinha ali histórico de fraturas, que vieram através dos prontuários médicos, correspondentes às fraturas antigas encontradas na ossada. No histórico odontológico, ele tinha duas próteses dentárias e constava obturações que também foram encontradas na ossada. Ele tinha uma assimetria entre os dois braços, no cotovelo direito, que daí foi constatado tanto nas fotos da família e da ossada”, explica Braga. 

A identificação foi confirmada após todas essas análises e o cruzamento das informações, feitas pelas perícias por meio do Programa Conecta, do Governo Federal, que tem como objetivo localizar pessoas desaparecidas e corpos de identidade indeterminada, utilizando tecnologia avançada e integrando bancos de dados genéticos, biométricos, odontológicos e antropológicos.

Em nota divulgada pela Polícia Científica de Santa Catarina, a perita responsável pelo programa, Patrícia Monteiro, afirmou que o caso é um exemplo da importância da participação de familiares de pessoas desaparecidas no Conecta, permitindo que as autoridades unam as informações fornecidas pelas famílias “com os conhecimentos das ciências forenses para a resolução de casos que, por anos, permanecem sem respostas”. 

Fonte: Redação Terra
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