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'Faraó dos Bitcoins' é um dos alvos de operação da Polícia Federal

Operação busca desarticular organização responsável por fraudes bilionárias envolvendo criptomoedas no Brasil e no exterior

11 ago 2022 - 13h25
(atualizado às 17h10)
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Empresário Glaidson Acácio dos Santos é um dos alvos de operação da Polícia Federal
Empresário Glaidson Acácio dos Santos é um dos alvos de operação da Polícia Federal
Foto: Reprodução/Youtube - 25/8/2021 / Estadão

A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) deflagraram na manhã desta quinta-feira, 11, a Operação Flyer One. A quarta fase da Operação Kryptos busca desarticular organização responsável por fraudes bilionárias envolvendo criptomoedas no Brasil e no exterior.

Os policiais cumpriram para cumprir cinco mandados de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão, nas cidades do Rio de Janeiro e Cabo Frio (RJ), além da inclusão dos nomes dos alvos, que estão nos Estados Unidos, na Difusão Vermelha da Interpol. Na operação, foram apreendidos 10 veículos de luxo, avaliados em cerca de R$ 6 milhões.

Segundo o jornal O Globo, o empresário e ex-pastor Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como "Faraó dos Bitcoins" e que já estava preso por crimes contra o sistema financeiro, foi novamente um dos alvos da força-tarefa. Agentes da PF foram para o Complexo Penitenciário de Gericinó, no Rio de Janeiro, onde Glaidson está, para cumprir o novo mandado de prisão contra ele, de acordo com o veículo.

Atuação com piloto de Escobar

Segundo as investigações, a organização criminosa estendeu a sua atuação ilícita para o exterior, captando recursos financeiros de terceiros em países como Estados Unidos e Portugal. Em solo norte-americano, a atuação foi estruturada por um indivíduo que já foi condenado por ser um dos pilotos responsáveis pelo transporte de drogas do cartel comandado pelo narcotraficante Pablo Escobar. Ele saiu do Brasil com um passaporte falso.

"A atividade se desenvolveu por meio da utilização de documentos falsos, notadamente mediante a criação de invoices (similares a comprovantes fiscais) sem lastro, a fim de que fosse justificada a profusão de depósitos nas contas da empresa criada em solo americano. A saída dos valores se dava por meio do depósito, em favor do líder da organização criminosa, de criptoativos lastreados no dólar americano, também chamados de stablecoins", explicou a PF.

O piloto também foi responsável por viabilizar a documentação necessária para a estadia dos líderes da organização criminosa nos Estados Unidos. Ele também adquiriu uma aeronave com capacidade para 19 pessoas no nome da filha.

Segundo a PF, os investigados poderão responder pela prática dos crimes de emissão ilegal de valores mobiliários sem registro prévio, organização criminosa e lavagem de capitais. Se condenados, poderão cumprir pena de até 22 anos.

Fonte: Redação Terra
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