Filha de pintora Suíça é resgatada no Rio após 6 meses em cativeiro com 300 obras
Três suspeitos foram presos. Segundo a Polícia, eles teriam recebido uma escritura fraudulenta de um sítio em SP no valor de R$ 1,8 milhão
Uma idosa suíça de 67 anos foi resgatada, na manhã de terça-feira, 30, em Paraty, no Rio de Janeiro, após ser mantida seis meses em cativeiro por três criminosos. De acordo com a Polícia Civil, ela é filha de uma pintora, e no imóvel onde estava havia um acervo de aproximadamente 300 obras de arte. Os suspeitos foram presos.
Segundo as investigações, o trio a mantinha em cárcere para obter vantagens econômicas. Eles teriam recebido uma escritura fraudulenta de um sítio localizado em Cunha, São Paulo, no valor aproximado de R$ 1,8 milhão. No cativeiro, dois dos acusados ficavam com a vítima durante o dia, enquanto o outro ficava com ela à noite, em um quarto separado.
O imóvel em que a suíça era mantida refém, é localizado no Condomínio Pau d'alho, no bairro Ponte Branca. Quando os policiais chegaram ao local, o trio tentou fugir, mas foi alcançado depois que os policiais conseguiram arrombar os cadeados e fechaduras da residência. Os suspeitos têm 42, 20 e 27 anos.
"Nós encontramos um acervo aproximado de 300 quadros, todos pintados pela mãe da vítima, que pertencem, inclusive, alguns deles, ao Museu Nacional da Suíça", afirmou o delegado Marcello Russo, responsável pela prisão, em uma rede social. A autoridade ainda disse que após a perícia, a equipe entrará em contato com o Consulado da Suíça para que o acervo seja recuperado.
A idosa era mantida sem que suas necessidades básicas fossem atendidas. A geladeira estava queimada, e a comida estava imprópria para consumo. A idosa foi encaminhada para um hospital da região para receber atendimento.
Após o cumprimento das formalidades de praxe, os autores foram encaminhados ao sistema prisional, onde permanecerão à disposição da Justiça. A vítima foi levada a um hospital da região.
O caso foi registrado como associação criminosa, cárcere privado e outros crimes previstos no Estatuto do Idoso, e segue em investigação.