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Filha lamenta ao ver mãe idosa dormir em sofá submerso após chuva no RJ: 'Quase morri de chorar'

A idosa de 70 anos não quis deixar sua casa mesmo com o forte temporal

15 jan 2024 - 19h54
(atualizado às 21h33)
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Resumo
Idosa de 70 anos não saiu de sua casa mesmo diante do forte temporal que atingiu o RJ. Foram registradas 12 mortes por causa da enchente em todo o Estado.
Norma se sentou no sofá ainda submerso pela água e colocou o cachorro a salvo em cima de uma estante
Norma se sentou no sofá ainda submerso pela água e colocou o cachorro a salvo em cima de uma estante
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Uma idosa de 70 anos não quis deixar sua casa, no Jardim América, zona norte do Rio de Janeiro, mesmo após a enchente que atingiu a região. Norma de Morais chegou a dormir no sofá completamente encharcado pela chuva e parcialmente submerso. A cena fez Simone, sua filha, se emocionar.

"Ela sentou no sofá no meio da água, chegou a dormir nele encharcado. Quase morri de chorar com essa cena", contou a filha ao jornal Extra. Segundo Simone, a casa foi tomada pela água em questão de minutos.

"Estávamos vendo TV no sábado. Minha mãe levantou do sofá para ir ao banheiro e quando voltou, a água já veio forte. Foi questão de minutos. Pegamos os documentos correndo, colocamos na parte de cima da estante. Eu falei para irmos embora, mas ela não quis sair de jeito nenhum. Tivemos que ficar na janela. O cachorro veio nadando para dentro de casa, ela botou um paninho e ele ficou deitado na estante", disse.

No terreno onde vive Norma, Simone e sua irmã também construíram suas casas. Nesta segunda-feira, 15, um sobrinho de Norma foi até o local para ajudar com a limpeza das residências.

Além do prejuízo com a perda de móveis, a idosa narra ao jornal a falta de coisas ainda mais básicas, como água. "Não adianta se desesperar, eu estou aqui sentada tentando... Não tem água para lavar a roupa. A gente está vendo aqui para conseguir uma comida, beber uma água. O pessoal da outra rua trouxe um pouco para a gente beber. É o que a gente está tentando agora", disse.

Temporal no RJ

Nesta segunda-feira, o governador Cláudio Castro confirmou que 12 mortes foram registradas após a passagem do temporal pela Região Metropolitana do Rio de Janeiro, que chegou a entrar em estágio operacional número 4: o segundo mais alto na escala de riscos.

O temporal alagou vias e afetou a operação de linhas de ônibus e do metrô no Grande Rio. O Hospital Ronaldo Gazolla, na capital, teve o subsolo inundado e ficou sem energia. Alguns concursos e provas marcados para o domingo, 14, foram cancelados.

A Defesa Civil da cidade registrou mais de 30 bolsões d'água nas principais vias, 15 pontos de alagamento e cinco quedas de árvores. A Avenida Brasil ficou alagada nos dois sentidos, na altura de Irajá, e foi interditada durante a madrugada de domingo.

Atualmente, dois moradores seguem desaparecidos: Elaine Cristina Souza Gomes, que sumiu após o carro em que estava cair no Rio Botas, em Belford Roxo, e um homem, ainda não identificado, arrastado pela correnteza no Chapadão. Os bombeiros dão sequência às buscas.

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Fonte: Redação Terra
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