Filha que matou pai e madrasta volta para prisão na região metropolitana após mentir paraplegia
Ré atestou paraplegia, porém, foi vista caminhando e dirigindo veículo não adaptado para pessoas com deficiências
Atendendo a uma solicitação do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) em Cachoeirinha, Cláudia de Almeida Heger foi novamente encaminhada ao sistema prisional nesta quarta-feira, 17 de maio. Cláudia e seu filho, Andrew Heger Ribas (internado no Instituto Psiquiátrico Forense), foram denunciados pelo promotor de Justiça Thomaz de La Rosa por homicídio qualificado e ocultação de cadáveres do casal Rubem Affonso Heger e Marlene dos Passos Stafford Heger. Os réus são filha e neto de Rubem.
Cláudia estava cumprindo prisão domiciliar desde 12 de agosto de 2022, após apresentar um laudo médico que indicava paraplegia. No entanto, ela foi vista andando dentro do Hospital Vila Nova, em Porto Alegre, durante sua internação. Além disso, em 15 de março deste ano, compareceu a uma audiência conduzindo um veículo não adaptado para pessoas com deficiência, conforme constatado por um oficial de Justiça.
No pedido de prisão preventiva, o promotor Thomaz de La Rosa argumenta: "Ao analisar as imagens capturadas pela câmera do fórum, fica evidente que a acusada não possui um quadro de saúde grave, pois, ao deixar o prédio, ela se dirige ao veículo, levanta-se da cadeira de rodas para se acomodar no banco do motorista e parte do local dirigindo um veículo não adaptado".
Além disso, o promotor destaca a necessidade de recolher a ré ao sistema prisional devido ao risco que sua liberdade representa, uma vez que, durante o curso do processo, foram registrados diversos incidentes policiais envolvendo-a. Ela também enfrenta outros processos criminais, possui uma condenação e, inclusive, já simulou seu próprio sequestro.