Força-tarefa combate golpes financeiros que exploram tragédia aérea em Vinhedo
Criminosos se passam por familiares de vítimas da queda de avião para pedir dinheiro; segundo o o MPSP, 31 páginas já foram derrubadas
Uma força-tarefa composta pelo Ministério Público e o Ministério da Justiça está atuando para desmantelar perfis falsos criados para arrecadar dinheiro supostamente destinado às famílias das vítimas do acidente aéreo em Vinhedo, São Paulo. O desastre resultou na morte de 62 pessoas.
Desde a última sexta-feira (9), dia do acidente, o CyberGaeco, do Ministério Público de São Paulo (MPSP), e o Cyber Lab, do Ministério da Justiça, têm se empenhado em identificar e derrubar perfis fraudulentos. Criminosos estariam se passando por parentes das vítimas para solicitar doações.
Até o momento, o MPSP informou que 31 contas utilizadas para divulgar fotos das vítimas foram removidas das redes sociais.
Um dos casos registrados envolve o comandante Danilo Romano, uma das vítimas do acidente. A comissária de bordo Paula Romano, prima do piloto, usou suas redes sociais para esclarecer que a família não está pedindo nenhum tipo de auxílio financeiro.
"A instituição vem se mobilizando para dar suporte psicológico, social e jurídico aos familiares", afirmou o grupo de investigação. Em nota, o MPSP garantiu que toda a sua estrutura está à disposição dos familiares.
Andamento das investigações em Vinhedo
Além de desativar os perfis falsos, a força-tarefa também investiga as causas da queda da aeronave. As caixas-pretas do avião já foram enviadas ao laboratório do Cenipa, em Brasília, na manhã deste sábado (10), para análise.
O Ministério Público destacou ainda que o procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, e o subprocurador-geral de Justiça Criminal, Ivan Agostinho, estiveram em Vinhedo, onde a Promotoria local acompanhará de perto o andamento das investigações.
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